A APESC assinou, na sexta-feira, com a Enapor, um acordo de Exploração Provisória das Instalações da ONAVE, com validade de um ano, renovável. João de Deus Júnior fala em melhorias na reparação naval, em todos os sectores.
“É um grande benefício para os armadores nacionais, era um sonho da APESC assumir, já há muito tempo, a gestão dos estaleiros navais da ONAVE e isso aconteceu agora. Depois de alguns meses de trabalho, conseguimos montar este acordo e vai trazer grandes ganhos porque nós conhecemos o sector. É uma mais-valia, porque com uma comissão e com a nomeação de um gestor financeiro, que já está a trabalhar nos estaleiros, vamos melhorar as condições de reparação naval em todas as suas virtudes”, afirma.
Segundo o presidente da APESC, neste momento, decorrem trabalhos de levantamento das carências do espaço.
“Vamos inteirar-nos exactamente do que a ONAVE necessita, a nível da manutenção das calhas que utilizamos para fazer subir os navios no estaleiro, também estamos a preparar projectos para apresentar a Enapor e ao ministério da Economia para o futuro, porque é um ramo que interessa aos armadores”, indica.
A APESC aponta para cerca de 50 mil contos o valor necessário para colocar os estaleiros a funcionar em pleno, um investimento que, segundo João de Deus Júnior, vai ser feito por etapas.
“Agora, só para gerir a ONAVE, nas condições em que a assumimos, vamos fazer investimentos paulatinamente, em função das receitas que vão entrando”, diz.
A ONAVE era um pequeno estaleiro pertencente ao estado, oferta da rainha da Holanda. Foi liquidada em 2005 e desde então era gerida por um armador privado.
Desde 1 de Fevereiro deste ano que a gestão do espaço passou para a APESC, através da assinatura de um protocolo com a ENAPOR.