A posição está expressa numa resolução aprovada na terça-feira, no Rio de Janeiro, durante a reunião ordinária da CE-CPLP, consultada pela Lusa, em que a direcção da organização expõe três medidas "concretas e imediatas" que pretende que os líderes dos países que integram a organização adoptem e que "visam a garantia de mobilidade plena no espaço da CPLP".
Nestas medidas incluem-se a agilização e facilitação da concessão de vistos de entrada nos países da CPLP para "todos cidadãos da comunidade", a eliminação da obrigatoriedade de vistos de entrada e permanência para "membros das entidades e instituições empresariais, assim como para o empresariado de cada país membro", e a garantia da "livre circulação de pessoas, bens, serviços e capitais no espaço da organização".
A CE-CPLP especifica que, no caso de "empresários e homens de negócios", as medidas permitirão "desenvolver o intercâmbio de negócios".
A organização evoca resultados de reuniões anteriores da CPLP que ainda não avançaram neste sentido.
Portugal aposta na liberdade de residência e garante "total apoio" ao livre acesso ao espaço Schengen
António Costa considera que o acordo de mobilidade da CPLP deve ter como base a liberdade de residência. O primeiro-ministro de Portugal falava aos jornalistas, hoje, em São Vicente. Para o líder do governo português, esta é uma solução jurídica que permite a Portugal respeitar os seus compromissos dentro da União Europeia.
Na terça-feira, o Presidente e o primeiro-ministro portugueses declaram que Portugal está ao lado de Cabo Verde na defesa da supressão de vistos no quadro da União Europeia (UE) e da livre circulação de cidadãos na CPLP.
Fazem parte da CPLP Portugal, Angola, Brasil, Cabo Verde (que tem actualmente a presidência rotativa da organização), Guiné-Bissau, Guiné Equatorial, Moçambique, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste.