A operação inter-ilhas será realizada pela Lease-Fly, especializada no transporte aéreo regional e executivo, em parceria com a Newtour, um dos maiores grupos no sector turístico, em Portugal, há vários anos no mercado cabo-verdiano.
Conforme informações já avançadas pela companhia aérea, o modelo de operação terá ligações bi-diárias ao hub, em aviões ATR42-300, de manhã e à tarde, com voos da Praia e São Vicente para o Sal, nos horários dos voos internacionais. Quatro vezes por semana, haverá voos Sal/Fogo/Sal, permitindo conexão a Boston.
Numa segunda fase, a Leasy-Fly pretende obter o seu próprio certificado de operador aéreo em Cabo Verde "e em parceria com a Cabo Verde Airlines operar e incentivar a conectividade inter-ilhas e ao hub na ilha do Sal".
Lease Fly quer mercado interilhas
Operação de feeding do hub do Sal começa no próximo dia 13 com o ATR que a Cabo Verde Airlines recebeu em wet lease da Lease Fly. Mas ontem a companhia aérea anunciou igualmente a ligação entre Praia e São Vicente. Ligações interilhas e também a Dakar estão nos planos da Lease Fly.
Em entrevista à edição impressa do Expresso das Ilhas de 7 de Agosto, José Madeira, director executivo da Lease Fly explicou que a ligação com a CVA é feita através de “um contrato de curta duração com a Cabo Verde Airlines. É um típico wet lease para, no fundo, ajudar e preencher um vazio que existe tanto no feeding da Cabo Verde Airlines, como nalgumas rotas inter-ilhas.
A ideia futura passa por criar uma empresa que continue o trabalho, num outro modelo.
“Hoje em dia, mesmo com o horário que já está definido para o início das operações já tem alguma componente de inter-ilhas. Portanto, há a vertente do feeding que é fundamental, mas também existe uma vertente de inter-ilhas que, neste momento, estará em 30% do que é o horário em contínuo, mas que pretendemos continuar e, se possível, em função das condições do mercado, reforçar”, acrescentou José Madeira.
A reentrada da CVA (antiga TACV) no mercado doméstico, actualmente dominado pela Binter, estava em cima da mesa há vários meses, depois do fim dos voos, em Agosto de 2017, por decisão do governo, à data accionista maioritário.