O governante fez o anúncio após um encontro entre o Governo e as Instituições de Micro-Finanças (IMF) de Cabo Verde, indicando que o valor actual de 100 milhões de escudos vai triplicar para 300 milhões de escudos.
"Pensamos que se houver procura com qualidade, garantiremos ainda mais recursos paras as IMF, num quadro de boa gestão, de responsabilidade e de retorno do crédito", perspectivou o também vice-primeiro-ministro cabo-verdiano.
Durante o "excelente encontro", Olavo Correia avançou que ficou ainda a promessa de apoiar as IMF no processo de transformação, com assistência técnica, com formação do pessoal.
"Iremos utilizar os mecanismos que temos hoje de garantia parcial, mas também a Pro-Capital para alavancar mais recursos para as IMF", prosseguiu.
O Governo cabo-verdiano acordou ainda criar um balcão único de atendimento nas instituições de microfinanças.
"Temos que formalizar a economia, temos que ter cidadãos responsáveis, que cumprem com os prazos, com os procedimentos, com as normas e condutas, mas também cidadãos que paguem impostos e que dêem toda a informação ao Estado", salientou o ministro.
O sector de microfinanças começou há cerca de duas décadas e meia em Cabo Verde, com pequenos créditos, tendo já realizado dezenas de milhares de operações de crédito, mobilizado largos milhares de contos e beneficiado milhares de pessoas.
A actividade de microfinanças, que passou no ano passado a estar sujeita à regulação e supervisão do Banco de Cabo Verde, representa menos de 2% do Produto Interno Bruto (PIB) de Cabo Verde.
Segundo o presidente da Associação Profissional das Instituições de Microfinanças de Cabo Verde (APIMF-CV), Jacinto Santos, em 2009 realizaram-se 52 mil operações, totalizando mais de três milhões de escudos (27 mil euros), com 8.481 clientes activos (75% mulheres) e uma carteira activa de 442 milhões de escudos (quatro milhões de euros).