“Investimos no sector das telecomunicações em 2011/2012 e depois mais tarde no sector das finanças. Noto uma diferença muito positiva. O primeiro desafio que tivemos foi o dos recursos humanos, hoje chegamos a Cabo Verde e a evolução é notória”.
Para esta empresária angolana, a evolução é de tal forma positiva que “hoje temos talentos cabo-verdianos que podemos dizer que são válidos em qualquer lado do mundo. E isto é algo que Cabo Verde realmente pode exportar. Este know how, este conhecimento, as soluções digitais que podem encontrar mercado, o mercado natural será o de língua portuguesa, e quando olhamos para os países que estão próximo como o Senegal, não há duvida que Cabo Verde pode ter um papel importante”.
Igualmente importante, na perspectiva de Isabel dos Santos, é o sector turístico nacional. “O turismo está a crescer muito e o facto de o país ser um hub aéreo vai fazer o tráfego vir para Cabo Verde e muitos dos outros países ao seu redor não têm infraestruturas tão desenvolvidas de um ponto de vista logístico e de um ponto de vista de telecomunicações”.
Para Isabel dos Santos, também o ensino superior pode ser uma área a explorar por Cabo Verde. O país, no seu entender, “tem todas as condições para ser um lar académico para onde as famílias africanas podem enviar os seus filhos para estudar, porque as universidades são boas e os professores também. Há um grande investimento. Cabo Verde pode funcionar efectivamente como um país onde são formados os jovens africanos”.