Em declarações, à Rádio Morabeza, em jeito de balanço da XXIII edição da Feira, que decorreu entre 13 e 16 de Novembro, os empresários indicaram que as metas foram alcançadas e, sobretudo, as possibilidades de futuras parecerias que foram “desenhadas”.
André Tavares, da Natfood Portugal, que participou pela segunda vez no certame, afirma que a empresa atingiu os objectivos e assegura que a presença na próxima edição já está garantida.
“No ano passado estivemos na Praia, foi a nossa primeira vez, não sabíamos qual seria a adesão, correu bem, cumprimos o objectivo, vendemos as máquinas que tínhamos trazido para a feira. Este ano viemos com um balanço e expectativas um pouco mais altas, esperamos sempre que cada ano seja melhor, e superou as expectativas. Voltámos a vender as máquinas e temos aqui clientes a quem enviaremos máquinas de Portugal”, indica.
Natfood Portugal é representante da marca Italiana Natfood, que actua na área de restauração.
André Tavares, sem avançar datas, indica que a empresa está a trabalhar e a analisar a possibilidade para a constituição de uma Natfood Cabo Verde, no arquipélago.
“Neste momento, é um desafio, não sabemos como é que as coisas vão se processar, vamos ter uma reunião com a Câmara de Comércio na próxima segunda-feira [hoje]”.
Do total de empresas na mostra empresarial, 69 por cento era de direito cabo-verdiano.
Carlos Pereira, da Seri Lopes, empresa nacional, com 26 anos no mercado, que opera nas áreas de confecção, serigrafia, entre outros, destaca o crescimento da participação das empresas nacionais.
“Excelente porque quer dizer que as empresas estão lutando, evoluindo, tendo capacidade de virem participar na feira. A cada dia, a FIC tem mais empresas cabo-verdianas, mostrando o que faz, o seu produto, fazendo o corpo-a-corpo, mostrando a sua realidade”, aponta.
Sobre a participação da Seri Lopes no certame, sublinha que o objectivo foi essencialmente “estreitar” as relações com os clientes e a comunidade no geral.
“O balanço é positivo. Conseguimos mostrar a importância de se fazer uma encomenda atempadamente, de como funciona uma linha de produção, de como podemos dizer sim e cumprir com qualidade, e isso foi muito bom”, aponta
Sob o lema “Cabo Verde, uma economia de circulação no Atlântico médio”, a edição deste ano contou com a participação de 88 expositores, de mais 10 nacionalidades, distribuídos em 180 stands.
Gil Costa, presidente da FIC, considera que esta foi uma edição especial.
”A percepção que temos é que o balanço é positivo, daquilo que nos dizem os expositores e visitantes”.
Em 2021, quando regressar a Mindelo – a edição de 2020 será na Praia – a FIC já deverá ter lugar em novas instalações, previstas para o Parque Industrial do Lazareto. Para o actual espaço está previsto um hotel do grupo Sheraton.
O presidente da FIC fala em concretização de um sonho antigo e de valorização do certame.
“É um sonho antigo das sucessivas administrações, de dar a este evento um espaço efectivamente à altura daquilo que precisa, um centro de congressos e eventos”, observa.
Ainda sobre as novas instalações da FIC, Gil Costa assegura que o facto de se localizarem fora da cidade não é um constrangimento.
“Estamos a projectar este novo espaço para o Parque Industrial. São Vicente é pequeno, a única questão é o transporte. Com as parcerias que temos, facilmente conseguimos colocar uma linha de transporte público nesta rota".
A 24ª edição da FIC será na cidade da Praia, em 2020, e já há empresas inscritas.