A informação foi dada à agência Lusa pelo director-geral da Binter Cabo Verde, Luís Quinta, esclarecendo que “praticamente a totalidade dos passageiros conseguiu seguir a sua viagem”, nomeadamente com voos de reposição efectuados desde segunda-feira e, antes, alguns por via marítima.
“No rescaldo desta bruma seca, posso apontar que foram cancelados 40 voos regulares e outros 20 voos de reposição, entre os dias 01 e 05 de Janeiro, afectando um total de 2.100 passageiros”, acrescentou.
Segundo o director-geral da Binter Cabo Verde, a perspectiva da companhia aérea passa por retomar a normalidade das operações no fim do dia de quarta-feira.
A bruma seca é uma tempestade de poeira proveniente do deserto do Saara, que é habitual em vários períodos do ano em Cabo Verde. Após vários dias a afectar o território cabo-verdiano, começou a dissipar-se mais aceleradamente desde segunda-feira.
Nas ligações aéreas internacionais, a Cabo Verde Airlines e a portuguesa TAP foram duas das companhias que enfrentaram cancelamentos de voos com destino e origem nos aeroportos cabo-verdianos. No caso da companhia cabo-verdiana, a empresa divulgou constrangimentos nas ligações para Lagos, na Nigéria, e nos voos para os Estados Unidos, afectando pelo menos 150 passageiros.
A Lusa contactou a TAP para obter informação sobre os voos cancelados e passageiros afectados nos últimos dias nos aeroportos cabo-verdianos, mas sem resposta até ao momento.
Contudo, a comunicação social cabo-verdiana deu conta na segunda-feira que só no aeroporto internacional Cesária Évora, no Mindelo, ilha de São Vicente, chegaram a ficar sem ligação aérea da TAP, no primeiro fim de semana do ano, cerca de 600 passageiros - número que a Lusa não conseguiu confirmar, situação que tem vindo a ser normalizada nas últimas horas, com a melhoria das condições atmosféricas e de visibilidade.