Depois do falhanço nas negociações para convencer a Rússia a juntar-se aos cortes de produção programados na Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP), a Arábia Saudita decidiu avançar com uma estratégia que está a lançar o mercado petrolífero num caos. As cotações da matéria-prima estão a afundar como não se via há quase 30 anos e o preço do barril está na casa dos 30 dólares.
Desde o início do ano, os preços do petróleo já caíram mais de 30%, devido à desaceleração económica causada pela expansão da doença covid-19.
Esta noite, as bolsas da Arábia Saudita e de outros países do Golfo abriram nos níveis mais baixos em vários anos, depois da falta de acordo entre a OPEP e a Rússia sobre cortes na produção de petróleo.
A bolsa de valores da Arábia Saudita caiu 7,7%, a do Dubai desceu 8,5%, bem como o mercado do Kuwait e de Abu Dhabi, que registaram quedas de mais de 7%. Também as bolsas do Qatar, Bahrain e Omã abriram hoje a registar quedas de 3,5%, 3% e 1,1%, respectivamente, segundo a Lusa.
A participação da Saudi Aramco, “gigante” do petróleo, caiu pela primeira vez abaixo do preço da Oferta Pública Inicial (OPI), que era de 32 riais sauditas (8,5 dólares), atingindo 31,15 riais.
A bolsa de valores da Arábia Saudita caiu 7,7%, a do Dubai desceu 8,5%, bem como o mercado do Kuwait e de Abu Dhabi, que registaram quedas de mais de 7%. Também as bolsas do Qatar, Bahrain e Omã abriram hoje a registar quedas de 3,5%, 3% e 1,1%, respectivamente, segundo a Lusa.
A participação da Saudi Aramco, “gigante” do petróleo, caiu pela primeira vez abaixo do preço da Oferta Pública Inicial (OPI), que era de 32 riais sauditas (8,5 dólares), atingindo 31,15 riais.
A Arábia Saudita responde assim com esta jogada de alto risco para "encostar à parede" os russos e outros países que não pretendem entrar numa estratégia global de redução da oferta. Desde 2016 que a OPEP (liderada pela Arábia Saudita) e outros países aliados (com destaque para a Rússia) têm alcançado acordos para definir os níveis de produção ideais para manter as cotações da matéria-prima nos níveis pretendidos.
O entendimento deste grupo conhecido por OPEP+ (14 membros do cartel mais os 10 aliados) colapsou de forma dramática e inesperada esta semana, pois a OPEP aceitou uma corte global de produção de 1,5 milhões de barris por dia, mas a Rússia não se mostrou disponível para acompanhar este movimento.
Assim, a Arábia Saudita passou de uma táctica de tentar impulsionar as cotações, para uma estratégia de as deprimir.