Esses dados fazem parte do Inquérito Anual às Empresas, realizado em Setembro do ano passado e indicam que essas empresas, no país, empregaram 70 864 pessoas, das quais 58,3% homens e 41,7% mulheres.
Os dados indicam que as empresas activas em Cabo Verde geraram, em 2018, mais de 297 milhões de contos registando, um crescimento de 7,5%, face a 2017 e, constatou-se, igualmente, que o maior volume dessa facturação foi conseguido pelas empresas com contabilidade organizada.
Segundo os dados do IAE, as ilhas da Brava e do Fogo, registaram maior acréscimo de empresas activas, enquanto que a ilha de São Nicolau, registou uma forte queda (-50,9%) em 2018, quando comparado com 2017.
Os dados mostram que é amplamente reconhecida a predominância das empresas sem contabilidade organizada em Cabo Verde, sendo que estas representam cerca de 66% das empresas activas no país.
A mesma fonte indica que houve um crescimento maior nas empresas com contabilidade organizada, 8,3% contra 2,8%, nas empresas sem contabilidade, relativamente a 2017.
No que concerne à dimensão das empresas, constatou-se que cerca de 73% das empresas activas no país, são microempresas. De acordo com os resultados do IAE 2018, somente 13% são médias empresas e cerca de 3% são grandes empresas.
Relativamente à taxa de crescimento, os dados mostram que se registou um maior crescimento das grandes empresas (10%) e pequenas empresas que cresceram cerca de 8% em 2018, face ao ano 2017.
Em 2018, o número de pessoas ao serviço foi de 70 864 e, destas, cerca de 76% trabalham em empresas com contabilidade organizada. Em termos evolutivos, houve uma forte diminuição do pessoal ao serviço nas empresas sem contabilidade organizada (25,6%). No geral, o número de pessoas ao serviço diminuiu 1,4% em 2018 relativamente a 2017.
Conforme os dados divulgados pelo INE, as empresas sem contabilidade organizada, registaram um crescimento maior do volume de negócios, cerca de 30% contra 6,5% das empresas com contabilidade organizada.
Em termos evolutivos, as ilhas do Sal (10,3%) e do Fogo (7,4%) foram as ilhas onde registaram maior crescimento do número de pessoas ao serviço. Por outro lado, as ilhas do Maio (-45,9%), Boa Vista (-39,4%) e São Nicolau (-39,1%) foram onde se registou uma forte queda do volume de emprego em 2018, comparativamente a 2017.
Ainda de acordo com os dados, a ilha do Fogo (31,8%), São Vicente (16,1%) e Boa Vista (10,8%), foram as ilhas em que o volume de negócios registou maior taxa de crescimento. No sentido inverso aparece a ilha do Maio (-35,7%).
Os dados mostram também que cerca de 70% das empresas activas em Cabo Verde são empresas em nome individual/sociedades unipessoais. Em termos evolutivos, observa-se um maior crescimento das sociedades por quotas, registando um acréscimo de cerca de 9% em 2018 face a 2017.
As Empresas em Nome Individual/Sociedade Unipessoais, registaram uma diminuição significativa do pessoal ao serviço (15,1%), relativamente ao ano 2017. Mas, por outro lado, as empresas em nome individual/sociedade unipessoais, foram as que apresentaram maior crescimento em termo de volume de negócios, representando 10%, em 2018, relativamente ao ano 2017.
Houve um forte aumento das empresas activas nos concelhos de São Filipe, São Domingos, Paul e Santa Catarina do Fogo. Em sentido contrário, observa-se uma diminuição significativa nos concelhos dos Mosteiros, Ribeira Grande de Santiago e São Lourenço dos Órgãos.
São Vicente foi a ilha em que a facturação média por trabalhador foi maior, registando em 2018 uma facturação média de 5 177 contos, enquanto a ilha da Brava registou a menor facturação média por trabalhador, cerca de 1 200 contos.
No que concerne à facturação média por empresa observa-se que as empresas da ilha do Sal facturaram, em média, 50 207 contos, apresentando maior facturação média por empresas, em 2018.
No sentido contrário, aparecem as empresas do Maio e da Brava, com uma facturação média de cerca de 2 200 contos cada. Os sectores do comércio, alojamento e restauração e indústria transformadora, concentram cerca de 70% das empresas ativas no país.
Os dados mostram que mais de metade do total das pessoas empregadas em 2018, trabalhavam nos sectores do comércio, alojamento e restauração e indústria transformadora, e que o sector do comércio, foi o maior empregador em 2018.
No que diz respeito a facturação, os sectores do comércio, do alojamento e restauração e, da indústria transformadora, facturaram mais de 60% do total do volume de negócios durante o ano 2018.
A maioria das empresas activas em Cabo Verde, são chefiadas/geridas por homens: 62%.
De acordo os dados, nos sectores da indústria transformadora e construção, em que nitidamente destaca-se a chefia/gestão dos indivíduos do sexo masculino. Entretanto, nos sectores do alojamento e restauração, educação e saúde, a liderança das mulheres é predominante.
De um total de 70 864 pessoas ao serviço em 2018, como referido, cerca de 58% são homens. A predominância das mulheres é maior apenas na ilha do Maio.