A informação foi avançada à imprensa pelo maior acicionista privado da TACV, Victor Fidalgo, depois da Assembleia Geral Extraordinária.
Conforme informou, a proposta da nomeação dos novos membros dos órgãos sociais da empresa, tinha sido objecto de várias sessões negociais entre o Estado e alguns accionistas privados.
Hoje, prosseguiu, durante a Assembleia Geral foram acertados alguns pontos mas por fim os três órgãos foram eleitos por unanimidade.
Victor Fidalgo declarou que mais do que relançar a empresa, o próximo passo será refundar a TACV.
“Infelizmente, em 2016, havia grandes expectativas em relação a TACV, mas não se materializaram e o governo teve que retomar as acções que tinha vendido à Loftleidir. Agora, acabamos de eleger hoje particularmente o CA, esperamos que num prazo máximo de 120 dias possa solicitar os accionistas uma nova Assembleia Extraordinária, afim de apresentar o seu plano para a refundação dos TACV, onde vai definir os principais desafios porque globalmente esperamos que a TACV sejam um player importante na conectividade de Cabo Verde com o mundo”, afirmou.
Para o futuro, o acionista espera uma transportadora entre no mercado dos emigrantes e do turismo, em moldes diferentes das montadas pelos inslandeses.
“De momento é ocupar particularmente um nicho de ponto-a-ponto que inclui, em princípio o mercado étnico e o mercado turístico. Mas competirá ao CA analisar de facto a potencialidade desses nichos e definir como entrar neles, com que meios. Quando digo com que meios são materiais, e também humanos”, frisou.
Conforme Victor Fidalgo, já não há espaço para falhar devido a situação negativa em que se encontrava a empresa em 2015. Situação essa que em termos de balanço, segundo disse, estava pior em 2019, antes da pandemia.
“Temos é que trabalhar em articulação, com boa colaboração e em uníssono podemos, dentro de algum tempo, apresentar resultados. Não só Assembleia Geral, mas também para o público. Porque a TACV é importante para Cabo Verde em termos de conectividade. Aliás, a população neste momento sofre dessa ausência de alternativas de voos para o exterior. O desafio é grande, as expectativas são elevadas, mas acredito que juntos, particularmente o CA vai encontrar os caminhos adequados para trazer as solucções que serão apropriadas para que a TACV seja refundada e possa funcionar em condições sem estar a ser alimentado pelos recursos do Estado”, finalizou.
Participaram da Assembleia Geral, que tomou a forma de assembleia extraordinária, accionistas que representem a totalidade do capital social.
De referir que no início do passado mês de Julho, a Cabo Verde Airlines (CVA - nome comercial adoptado desde 2019 para a TACV) voltou ao controlo do Estado por decisão do governo, após a venda de 51% a investidores islandeses.