Segundo a mesma fonte, esta é a razão da embarcação, propriedade da concessionária dos transportes marítimos, ainda não estar a operar, apesar da sua vinda para Cabo Verde desde o mês de Julho.
“O processo de certificação está em curso, mas, decorre normalmente, já se concluiu o processo de registo, que implica um conjunto de documentação e foi autorizado o registo da bandeira cabo-verdiana por um ano”, explicou Manuel Fortes, à imprensa, no Mindelo, adiantando que assim que for concluída esta etapa, o navio estará apto a exercer as suas actividades.
Entretanto, acrescentou, ainda não há um prazo determinado para a conclusão do processo, sendo que já foi feita uma vistoria técnica, na qual foram feitas algumas recomendações à CV Interilhas e logo que forem atendidas todas as recomendações, entre as quais a de prova de mar, a empresa deverá comunicar ao IMP e solicitar uma nova vistoria.
“Aí será emitida a certificação para que o navio possa iniciar a sua actividade”, sustentou o director de segurança marítima, admitindo que as recomendações feitas são “normais” de uma inspecção e certificação de um navio.
Manuel Fortes assegurou que da parte do IMP “não há qualquer pendência”, nem institucional, nem administrativa e nem técnica relativamente ao licenciamento do “Dona Tututa” e neste momento aguardam somente pela CV Interilhas.
Antes da aquisição pela companhia CV Interilhas, o navio navegava entre as ilhas das Bahamas e da Florida, nos EUA, e depois foi readaptado no estaleiro português Navaltagus do Grupo ETE, sócio maioritário da CV Interilhas.
Foi apresentado no Porto da Praia a 02 de Julho último e no de Mindelo a 05 de Julho, carregando o nome de “Dona Tututa”, que foi dado em homenagem à pianista cabo-verdiana Epifania de Freitas Silva Ramos Évora (1919-2014), que era conhecida pelo referido epónimo.
O Governo e o Grupo ETE asseguram que um dos objectivos da sua aquisição é o reforço de ligação de ilhas que mais necessitam, como São Nicolau e Boa Vista, e desde então já foram avançadas algumas datas para o início das operações, mas até agora o navio encontra-se atracado no Porto Grande do Mindelo.
Por outro lado, o director do IMP, Manuel Fortes, disse não haver qualquer pendência da parte do instituto em relação também ao processo do licenciamento do “Nôs Ferry- Mar d´ Canal”, actualmente propriedade de uma sociedade cabo-verdiana, encabeçada pelo empresário Valdemiro Ferreira, e que foi restaurado nos estaleiros da Cabnave, mas até agora os cabo-verdianos aguardam por uma data definitiva para começar a operar na linha São Vicente/Santo Antão.