De acordo com um comunicado do Ministério das Finanças, as 33 empresas analisadas no relatório trimestral de execução orçamental das empresas do SEE, globalmente, acompanharam a tendência de recuperação económica, de forma gradual, embora ainda não atingindo os valores pré pandemia da COVID-19.
“Globalmente, apesar da retoma sentida em finais de 2021, o desempenho das empresas do SEE continua sendo impactado pelos efeitos da pandemia da COVID-19. O volume de negócios teve uma dinâmica negativa, embora menos acentuada do que em 2020, registando um decréscimo de 14,7% (-27,3% em 2020)”, lê-se no comunicado.
As empresas ligadas ao sector dos transportes e logísticas, à excepção dos TACV, sector bastante afectado pela pandemia, registaram aumento nos seus volumes de negócios.
A ASA cresceu 8,4% e a ENAPOR 7,0%. No sector de energia, o volume de negócios da ELECTRA registou dinâmica positiva de 22,4%.
“A melhoria no volume de negócios deveu-se principalmente à retoma económica impulsionada pelo sector do turismo e à reabertura das unidades hoteleiras na ilha do Sal, em finais do ano 2021. O resultado líquido do SEE, pese embora tenha sido negativo, registou uma melhoria de 8,1% face ao período homólogo”, refere.
Segundo a mesma fonte, até ao final do 4º trimestre de 2021, o total do activo do SEE ascendia a 118.185.313 milhões de escudos, sendo 48.136.806 em activos corrente e 70. 048. 506 em activos não correntes.
O Ministério das Finanças salienta que entre o 4º trimestre de 2020 e o 4º trimestre de 2021, os activos do SEE decresceram 4,6%. Por seu lado, o passivo do SEE totalizava 104.781.901 milhões de escudos representando 89% do seu balanço e representando 58,3% do PIB.
“As seis maiores empresas do SEE, que contribuíram com cerca de 70% do volume de negócios e 66% da riqueza criada pelo SEE, com 51% do activo e 59% do passivo do SEE, a saber: ASA, ELECTRA, EMPROFAC, ENAPOR, IFH e TACV, viram os seus volumes de negócios crescer 44,7% até finais do 4o trimestre de 2021, em comparação com o 3o trimestre de 2021, com impacto positivo de 45,7% da riqueza criada”, informa.
Do mesmo modo, o EBITDA (lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização) dessas empresas passou de 778 milhões de ECV negativos para 141 milhões de escudos positivos, reflectindo um crescimento relativo de 118,2%.
No que tange ao nível de risco das empresas, no 4º trimestre de 2021 apresentou uma dinâmica favorável, tendo quatro empresas saído da categoria de high risk, como a ASA, a CABEÓLICA, a CVT e o CERMI e passaram para moderate risk, bem como, a FIC de very high risk para low risk e RTC de very high risk para high risk.
Ainda de acordo com o relatório, as perspectivas demonstram a continuação da retoma da actividade económica do SEE em 2022, com crescimento em todas as rubricas, à excepção do capital próprio que irá decrescer, fruto dos resultados transitados de 2021 para 2022.
“O resultado líquido das seis maiores empresas do SEE irá crescer 36%, fixando-se em -2.243.501 milhões de escudos, embora ainda negativo, será o melhor dos últimos anos. Para a ASA, EMPROFAC e ENAPOR perspectivam-se um resultado líquido acumulado de 639.787 milhões de escudos. Em sentido inverso, a ELECTRA, IFH e TACV terão um resultado líquido acumulado de -2 883 288 mECV”, consta.