A informação foi hoje avançada através de um comunicado de imprensa do grupo ETE.
No documento, o grupo informa ainda que a concessionária só estará em condições de poder continuar a investir na renovação da frota, de modo a garantir uma maior fiabilidade do serviço se ambas as partes, concedente e concessionária, cumprirem integralmente os termos da concessão.
“Cumpre esclarecer que, o concedente se encontra em incumprimento das suas obrigações financeiras, desde o início da concessão, em 2019, a ponto de atualmente a elevada dívida acumulada à CV Interilhas ascender já, a 9,5 milhões de euros”, lê-se.
No que se refere ao Navio Chiquinho BL, a concessionária diz que para que este possa servir a rota de São Nicolau, é necessário ultrapassar os inúmeros constrangimentos burocráticos que “têm sido levantados constantemente”, para que este serviço se torne uma realidade.
“Só será possível oferecer um serviço de transporte maritimo inter-ilhas de passageiros e carga regular, fiável e seguro, à população cabo-verdiana, se todos se mostrarem disponíveis para cooperar e cumprir as respetivas obrigações, de forma leal e competente”, consta.
De refirir que no passado dia 9 de Julho, a empresa comunicou que o navio Interilhas sofreu uma avaria, ficando impossibilitado de realizar as viagens previstas entre São Vicente, Sal e Boa Vista.
Na sequência, o Presidente do Conselho de Administração da CV Interilhas considerou que as tarifas praticadas actualmente não permitem a sustentabilidade da empresa, durante uma conferência de imprensa convocada para dar esclarecimentos relativamente aos constrangimentos na actividade, decorrente da inoperacionalidade de três navios.
O PCA da CVI previu que a situação de transporte marítimo de passageiros e carga voltasse à normalidade em Agosto, altura em que os navios Interilhas, que sofreu uma avaria no início do mês, o “Kriola”, que partiu um veio, e o Dona Tututa, que está em docagem obrigatória programada, devem estar operacionais no próximo mês.
Na altura, Jorge Maurício disse que é preciso sustentabilidade financeira para manter um serviço de qualidade e lembrou que o aumento do preço dos bilhetes e da tonelagem cabe à reguladora.