A garantia da companhia aérea foi dada através de um comunicado de imprensa.
“A empresa reafirma que o capital humano é o seu bem maior e que tudo está sendo feito para normalizar a situação do pagamento do salário de Julho de 2022. A empresa, à semelhança de muitas outras empresas de aviação, foi duramente fustigada pela pandemia da COVID-19, tendo registado perdas colossais” assegurou.
A TACV afirma ainda que a dimensão da retoma, com apenas uma aeronave e somente voos para Lisboa, não gera receitas suficientes para honrar todos os compromissos financeiros, nomeadamente, os da operação corrente, dívidas acumuladas do passado, reembolso dos passageiros e os salários.
Todavia, garante que todos os pagamentos, inclusive os referentes à operação, têm sido feitos com atrasos, embora não seja realidade exclusiva da TACV.
“O suporte financeiro do accionista Estado tem sido imprescindível para garantir a continuidade da empresa. Realçar que a TACV tem procurado cumprir com os regulamentos das autoridades aeronáuticas e a legislação laboral em vigor”, escreveu.
Segundo a companhia aérea, antes da sua entrada na frota da TACV, a aeronave Boeing 737-700, matrícula D4-CCI, recebeu trabalhos de manutenção com recurso a componentes e peças que faziam parte do stock existente e outras adquiridas para o efeito e que se encontram nos armazéns da empresa.
Entretanto, prossegue a empres, “existem peças que pelo seu elevado custo e baixa probabilidade de avaria, não se recomenda a sua aquisição para stock” e, uma vez que a TACV opera com apenas uma aeronave, impossibilita de, em caso de irregularidades, efectuar a reposição de voos para proteção dos passageiros em tempo útil.
Nesse sentido, a companhia garantiu que está a trabalhar para a aquisição, em regime de dry lease, de uma segunda aeronave, ainda este ano, e tem estado a melhorar o seu nível de stock de peças.
Licenças de softwares de operação
Quanto às licenças de softwares de operação para o Boeing 737-700, matrícula D4-CCI, a TACV esclarece que só podiam ser reactivadas após a introdução da aeronave na frota da companhia.
Sendo assim, todos os contratos de licença de softwares para a aeronave foram renegociados, assinados e pagos, estando a sua maioria implementados.
Com as alterações fo mercado o plno de retoma e estabilização da empresa foi actualizado em Junho de 2022, tendo sido apresentado a todos os representantes sindicais da empresa, inclusive o sindicato dos pilotos.
“Em Setembro de 2021, o foco da empresa era a recuperação do Certificado de Operador Aéreo e da Licença de Exploração Aérea que estavam em vias de serem revogados definitivamente, devido a ausência de operação causada pela COVID-19. A empresa tem uma base aprovada pela autoridade aeronáutica” diz oncomunicado.