Durante a sua intervenção na conferência internacional dos parceiros, Grijó frisou para países com rendimento médio como Cabo Verde é desafiante mobilizar financiamento necessário para responder desafios como alteração climática, transição energética e digitalização sem por em causa a rentabilidade financeira. “A União Europeia vê com muito interesse a discussão que estão a ter lugar relativamente a possibilidade de transformação de divida em investimento verde e azul que Cabo Verde tem vindo a encetar com diversos parceiros”, afirmou.
Neste sentido, indicou que a Global Gateway é também uma oferta da União Europeia para fazer face a este fosso que existe a nível global em termos de financiamento e tem objectivo principal de apoiar os países na sua reperação económica e também acompanha-los na dupla transição climática e digital.
“O objectivo geral é de conseguir alcançar 300 mil milhões de euros de investimentos até 2027 e parte deste valor para o continente Africano”, mencionou.
De referir que em Janeiro, foi anunciado que
parte da dívida de Cabo Verde a Portugal vai ser convertida em financiamento climático, participando assim no fundo que o país está a criar para o clima e a transição energética.
A conversão de dívida em financiamento climático é uma estratégia que permite aos países reduzir sua dívida enquanto alocam recursos para projectos de mitigação e adaptação à mudança climática.
Envolve a conversão de dívida empréstimo em financiamento para projectos e programas que visam mitigar os efeitos das mudanças climáticas e ajudar as comunidades a se adaptar a elas.