Óscar Santos anunciou hoje a subida da taxa de juro directora de 0,25 para 1%.
A justificação, segundo o Governador do banco central, deve-se ao actual contexto tanto da economia nacional como da internacional que torna "fundamental o alinhamento gradual da política monetátia do BCV com o BCE (Banco Central Europeu). O objectivo, acrescentou Óscar Santos, é "reduzir o diferencial de juros e, deste modo mitigar os riscos associados a uma potencial saída de divisas, garantindo a sustentabilidade do regime cambial de peg fixo da moeda nacional ao euro, sem descurar os desafios associados à estabilidade financeira".
Desta forma, o Banco de Cabo Verde anunciou que, para além da subida da taxa de juro directora, também vai aumentar a taxa de juro das Facilidades Permanentes de Absorção de Liquidez (FPA) para 0,55%; a taxa de juro das Facilidades Permanentes de Cedência de Liquidez (FPC) de 0,50% para 1,25% e aumentar a taxa de juro de Redesconto de 1,00% para 2,00%.
Além dessas medidas o BCV vai manter inalterado o coeficiente de Reservas Mínimas de Caixa (DMC) nos actuais 10% e terminar o programa de financiamento de longo prazo (Operação Monetária de Financiamento) a 30 de junho de 2023 que previa medidas como a redução do montante de colocação mensal para as operações a realizar- se no mês de junho, de 1.000 milhões para 500 milhões de escudos; manutenção da maturidade de 3 anos para os leilões, de 1 e 2 anos para as operações bilaterais; manutenção da lista de activos elegíveis como colaterais para as OMF ou a manutenção da taxa de juro em 0,75%.