De acordo com o documento divulgado hoje pelo Ministério das Finanças, o resultado operacional do SEE, indica um crescimento, no quarto trimestre de 2022, em 227%, face ao período homólogo, atingindo o montante de 570 milhões de escudos.
Ainda segundo o relatório, este aumento foi impulsionado pela eficiência dos gastos na sua relação com o volume de negócios, que registou uma variação positiva de 15%, fixando-se em 11.683 milhões de escudos.
A riqueza criada pelo SEE, segundo o documento, aumentou 48%, atingindo os 2.420 milhões de escudos, com impacto no resultado líquido em +85% e um total dos resultados líquidos a volta de 95 milhões de escudos negativos, face aos 626 milhões de escudos negativos, no período homólogo.
“Verificaram-se melhorias significativas da eficiência, com variações positivas de 3p.p. na margem operacional e 5p.p. na margem líquida, confirmando a recuperação dos resultados do SEE. A rentabilidade do SEE, medida pelo ROA (return on assets) e ROE (return on equity), registou melhorias de 0,4p.p. e 5p.p., respectivamente, refletindo o bom desempenho do resultado líquido do período, em comparação com o período homólogo”, aponta o documento.
A nível do risco macro fiscal do SEE, que tem por base o SOE Health Check Tool do FMI, conforme o relatório, evidenciou-se uma moderação do risco, tendo duas empresas apresentado melhorias do seu nível, transitando da categoria de “very high risk e high risk” para “moderate risk”.
Segundo a mesma fonte, o resultado líquido das seis maiores empresas do SEE teve um crescimento de 143%, com um peso relativo de 145% na formação do resultado do sector.
A importância e o impacto deste grupo, ressalta o relatório, tornam-se, a cada trimestre, mais significativos, com os resultados a apresentarem-se muito positivos e a representarem 90% do sector.
“A relevância destas empresas é também constatada na agenda de empresas passíveis de privatização, alienação parcial, concessão ou parceria público-privada definidas pelo Governo através da Resolução nº 104/2022, de 16 de Novembro – onde quatro, das seis maiores empresas do SEE, nomeadamente Electra, Emprofac, Enapor e TACV, fazem parte”, realçou o relatório.
As empresas ASA, Electra, Emprofac, Enapor. TACV e IFH, ainda o mesmo relatório, fazem parte do grupo das seis maiores empresas do SEE, que registaram boa dinâmica ao nível do resultado operacional, fixando-se em 512 milhões de escudos, passando do resultado líquido de 326 milhões de escudos negativos para 138 milhões escudos positivos, representando um crescimento de 144%, com um peso relativo de 145% na performance do SEE.
O sector terciário, de acordo com o relatório, apresentou um crescimento de 13%, derivado sobretudo, dos estímulos e da dinâmica de recuperação da actividade económica.
As empresas do sector secundário, revela o documento, têm apresentado dinâmicas favoráveis, com destaque para o impulso positivo nos ramos de actividades da electricidade e água (+22%) e da indústria transformadora (+3%).
Com base nos relatórios trimestrais de 2022 (não auditados), perspectiva-se uma melhoria significativa da performance do SEE, em relação a 2021, com crescimento do EBIT anual em cerca de 202% para 2.060 milhões de escudos positivos face aos 2.026 milhões de escudos negativos registados em 2021.
O relatório relata também um impacto positivo no resultado líquido do ano, cujos dados apontam para um crescimento de aproximadamente 75%.