O acto oficial aconteceu na sala do Conselho da Administração da ASA, no aeroporto internacional Amílcar Cabral, na ilha do Sal, entre o Ministro dos Transportes de Cabo Verde, Carlos Santos e CEO da ANA Aeroportos de Portugal, em representação da CVAirports, Thierry Ligonniere.
Depois de receber os documentos que oficializam essa concessão de 40 anos, o representante da Cabo Verde Airports, salientou que se trata da confiança que existe entre o Governo de Cabo Verde e a Vinci e da confiança que a Vinci tem no potencial de desenvolvimento do País.
“Temos a convicção de que seremos capazes de estimular o desenvolvimento a nível turístico, da economia, com os benefícios que implicam na matéria social e com os compromissos em termos ambientais”, disse.
“Temos dois cadernos de encargos, um do nosso concedente que define as suas políticas e os seus objectivos em matéria desta gestão, na qual estamos comprometidos em cumprir todos os termos do contrato e junto com isso temos os compromissos comuns da Vinci”, referiu.
Ainda segundo o mesmo, esse processo de transição pode ser interessante, mas garante que é apenas uma continuidade com forças e recursos adicionais.
“Já estamos a começar, com muito entusiasmo, muita determinação, com as nossas equipas agora em casa e de certeza que vamos conseguir”, concluiu.
O ministro dos Transportes de Cabo Verde, Carlos Santos, disse na ocasião que esta data é “importantíssima” por se tratar de uma nova era a nível da gestão aeroportuária no País.
“Nós estamos a dar inicio a um processo novo da gestão dos serviços aeroportuários em Cabo Verde fruto da visão deste Governo, plasmada nos documentos legais, com toda a transparecia, no sentido de melhorar cada vez mais a gestão aeroportuária, mas procurar trazer um parceiro importantíssimo que é a Vinci, com a experiência que tem nesta matéria”.
Para o titular da pasta dos Transportes, o País dá este passo “convencido de que haverá uma estabilidade laboral”, ou seja, o Governo espera que a transição seja feita sem sobressaltos, com os postos de trabalhos mantidos e aumentados.
“Queremos fazer desta concessão um novo inicio de uma parceria público-privada, que talvez seja uma das maiores que temos em Cabo verde e, por isso, queremos que seja um processo exemplar para outros caminhos que deveremos trilhar”.
“Estamos também com a ideia firme de que é um parceiro que vem completar aquilo que é a nossa estratégia de desenvolvimento do País, como plataforma prestador de serviço aqui neste importante corredor de passageiros e cargas a nível do Atlântico médio”, concluiu.
De recordar que se trata de uma concessão que o Governo cabo-verdiano decidiu atribuir à Vinci Airports por ajuste directo, prevendo para a ANA – Aeroportos de Portugal 30% das participações na sociedade de direito cabo-verdiano criada para assumir este contrato.
Por esta concessão, o Estado cabo-verdiano vai receber 80 milhões de euros e a operadora terá ainda de pagar, anualmente, uma percentagem das receitas brutas, de 2,5% nos primeiros 20 anos, subindo para até 7,0% nos últimos 10 anos.