Segundo uma nota enviada pelo Banco Mundial, de que a IFC faz parte, o objectivo é melhorar a qualidade das infraestruturas dos quatro aeroportos internacionais e três aeródromos domésticos de Cabo Verde e ajudá-los a reduzir as emissões de gases com efeito de estufa.
O financiamento, refere a nota, “é o primeiro empréstimo vinculado à sustentabilidade concedido pela IFC a uma empresa cabo-verdiana e destina-se a incentivar o mutuário a atingir objectivos ambientais, sociais e/ou de governação através de incentivos de preços”.
Desta forma, refere a nota do Banco Mundial, com o apoio da IFC, a Cabo Verde Airports SA “irá renovar seus aeroportos e implementar uma estratégia de descarbonização através de vários projectos de energias renováveis, incluindo a melhoria da iluminação LED e a instalação de sistemas de refrigeração mais eficientes em termos energéticos nos aeroportos. O desempenho financeiro do empréstimo estará ligado a dois indicadores-chave: a redução das emissões de gases com efeito de estufa e a certificação com o Airport Carbon Accreditation, um programa global de certificação de gestão de carbono para aeroportos”.
Nicolas Notebaert, Diretor Geral da VINCI Concessions e Presidente da VINCI Airports, disse, citado na nota do Banco Mundial, que "a VINCI Airports se orgulha da confiança que o Governo de Cabo Verde depositou em nós. Estamos empenhados em apoiar o crescimento turístico do país, assegurando simultaneamente a transformação ambiental de seus aeroportos. Damos as boas-vindas aos nossos novos colegas da Cabo Verde Airports na rede da VINCI Airports e estamos ansiosos por começar a trabalhar".
"A IFC está totalmente empenhada em ajudar Cabo Verde a posicionar-se como um importante destino turístico na África Subsariana e a aproveitar plenamente o seu potencial de crescimento", afirmou Olivier Buyoya, Director Regional da IFC para a África Ocidental. "O primeiro investimento da IFC no sector das infraestruturas de Cabo Verde contribuirá para o desenvolvimento sustentável da rede de aeroportos do país e apoiará o crescimento a longo prazo e a criação de emprego."
De recordar que, desde o passado dia 24, a VINCI assumiu a gestão dos quatro aeroportos internacionais e dos três aerodromos domésticos depois de assinar um contrato de concessão com o governo.
O acordo de concessão tem a duração de 40 anos sendo que o Estado vai receber 80 milhões de euros e a operadora terá ainda de pagar, anualmente, uma percentagem das receitas brutas, de 2,5% nos primeiros 20 anos, subindo para até 7,0% nos últimos 10 anos.
O acto oficial de transferência da gestão destas infraestruturas aconteceu na sala do Conselho da Administração da ASA, no aeroporto internacional Amílcar Cabral, na ilha do Sal, entre o Ministro dos Transportes de Cabo Verde, Carlos Santos e CEO da ANA Aeroportos de Portugal, em representação da CVAirports, Thierry Ligonniere.
Depois de receber os documentos que oficializam essa concessão de 40 anos, o representante da Cabo Verde Airports, salientou que se trata da confiança que existe entre o Governo de Cabo Verde e a Vinci e da confiança que a Vinci tem no potencial de desenvolvimento do País.
“Temos a convicção de que seremos capazes de estimular o desenvolvimento a nível turístico, da economia, com os benefícios que implicam na matéria social e com os compromissos em termos ambientais”, disse.
“Temos dois cadernos de encargos, um do nosso concedente que define as suas políticas e os seus objectivos em matéria desta gestão, na qual estamos comprometidos em cumprir todos os termos do contrato e junto com isso temos os compromissos comuns da Vinci”, referiu.