O documento foi rubricado pelo presidente do Instituto do Turismo de Cabo Verde (ITCV), Humberto Lélis, pela presidente do conselho de administração da Cabo Verde Airlines, Sara Pires, e pelo representante da CVC Brasil, SA, Fábio Mader, em acto presenciado pelo ministro do Turismo e Transporte, Carlos Santos.
A CVC Corp é um dos maiores grupos de viagens da América Latina, com marcas que actuam no Brasil, Argentina e Estados Unidos, nos segmentos de férias e lazer, corporativo/negócios, educação (intercâmbio cultural no exterior), gestão e locação de residências (nos EUA e Brasil).
Em declarações à imprensa, Sara Pires admitiu que retomar as operações para o Brasil vai ser um “grande desafio”, igualando aquilo que foram as operações em 2019, isto é, antes da pandemia.
“É um grande desafio que nós abraçamos com grande empenho, e temos aqui um grande parceiro da Cabo Verde Airlines, que é a CVC que no passado ajudou-nos a inserir no mercado brasileiro e a transportar os brasileiros para Cabo Verde”, manifestou, explicando que quanto aos voos para o Brasil, pretende-se que venham incrementar o turismo em todas as ilhas do país.
“É nisso que se assenta o memorando que foi assinado hoje. Promover as trocas comerciais entre Cabo Verde e Brasil, o turismo e alavancar a economia cabo-verdiana”, concretizou, sublinhando que a retoma dos voos Cabo Verde Airlines para o Brasil tem sido aguardada com “grande entusiasmo”.
Nesta perspectiva, Sara Pires acredita que a retoma dessas operações vai impulsionar o turismo em Cabo Verde e as trocas comerciais não só com o país, mas também com o continente africano.
A mesma fonte compreende, entretanto, que é preciso incentivar a conectividade entre o continente africano e o continente americano, nomeadamente América do Sul, sendo que aqui, conforme explicou, o Brasil tem um “papel essencial” para alavancar o crescimento económico da região.
Sara Pires concluiu referindo que se está a preparar a retoma dos voos Cabo Verde/Brasil e vice-versa com “muita cautela”, já que o mercado brasileiro é muito exigente, e as operações para aquele país dependem da certificação das aeronaves cabo-verdianas para sobrevoar o Oceano Atlântico cujo processo, conforme assegurou, está praticamente concluído.
O prognóstico é que os voos transatlânticos poderão ser operados no máximo entre três a quatro meses.
Manifestando igualmente satisfação, o presidente do ITCV, Humberto Lélis, conta que o que se pretende nesta fase pós pandemia é revitalizar de novo o Brasil, um país emissor com um “potencial extraordinário”, e promover Cabo Verde com a reactivação das conexões aéreas.
“As expectativas são grandes. O Brasil encaixa, perfeitamente, naquilo que pode ser uma solução de diversificação de mercados emissores de turistas para Cabo Verde”, comentou.
Por seu lado, o representante da CVC Brasil, SA, Fábio Mader, disse estar “muito feliz”, referindo que Cabo Verde é uma “grande opção” para o Brasil, cujo memorando vai permitir que os brasileiros voltem a frequentar o arquipélago.
“Não tenho dúvidas que os brasileiros querem estar aqui. Estamos a trabalhar fortemente para que isso volte a acontecer”, apontou, considerando que o mercado cabo-verdiano é “muito promissor”.