Em declarações à imprensa à margem da participação de Cabo Verde na Bolsa de Turismo de Lisboa (BTL), o primeiro-ministro explicou que a visão de longo prazo envolve a criação de uma nova empresa pública, independente da TACV, dedicada exclusivamente ao transporte aéreo inter-ilhas.
“A autonomização desta empresa será a próxima fase do nosso plano estratégico. Queremos garantir uma operação eficiente e focada nas necessidades específicas do transporte inter-ilhas”, acrescentou o primeiro-ministro.
Com o turismo em ascensão e uma “demanda interna reprimida”, Ulisses Correia e Silva assegurou que os TACV estão comprometidos em expandir a sua capacidade de oferta, explicando que, inicialmente, a companhia de bandeira nacional irá utilizar as aeronaves alugadas em complementaridade com a Bestfly.
“Os turistas hoje procuram também viagens entre as ilhas, portanto faz sentido aumentar a capacidade de oferta. A nossa prioridade é atender às necessidades dos passageiros e acompanhar o aumento do turismo. A retomada das operações inter-ilhas é um passo significativo nesse sentido”, frisou o primeiro-ministro.
No entanto, Ulisses Correia e Silva ressaltou que a operação inter-ilhas não implicará custos adicionais para a empresa, considerando o mercado existente e a disposição das pessoas em pagar por viagens entre as ilhas.
Os voos domésticos da TACV Cabo Verde Airlines, que se iniciaram na terça-feira, 27, serão operados com um avião ATR alugado à Air Senegal.