“A TACV contratou uma aeronave de modelo ATR junto da Air Senegal que irá reforçar os voos [interilhas] muito brevemente”, disse Carlos Santos, em declarações à Lusa, indicando que o aparelho já está no Aeroporto Internacional da Praia.
O ministro reconheceu os “solavancos” que têm acontecido nos transportes [aéreos] interilhas, motivados pela “crescente” procura turística, mas também pela “fraca capacidade” de resposta da Bestfly, a única operadora que faz as ligações aéreas entre as ilhas, por meio de uma concessão estatal.
“Notamos que há esse desencontro entre a oferta e a procura, por isso, o Governo já deu luz verde a uma proposta de reforço da oferta dos voos interilhas apresentada pela TACV, para permitir uma maior disponibilidade para todas as ilhas e facilitar a conectividade”, sustentou o governante.
O Governo assume a “responsabilidade última” de ligação entre as ilhas e a alternativa é “estruturante e definitiva”, prosseguiu Carlos Santos.
O ministro avançou que “brevemente” a TACV vai anunciar a comercialização dos voos e ajustar conforme a procura no mercado.
As ligações aéreas domésticas entre sete das ilhas do arquipélago são há vários anos operadas por uma única companhia, actualmente a angolana BestFly, que comprou a maioria do capital da TICV, antes detida pelos espanhóis da Binter.
Carlos Santos esclareceu que não se trata de um “passo atrás” na decisão anterior de retirar a TACV dos voos domésticos, mas sim de “garantir a mobilidade” dos cabo-verdianos, complementando as operações da Bestfly.
Cabo Verde tem aeroportos internacionais em São Vicente, no Sal, na Boa Vista e na Praia (Santiago) e aeródromos em São Nicolau, no Maio e no Fogo.