Relatório do Banco Mundial aponta áreas de oportunidades para investimento do sector Privado no país

PorAnícia Veiga, Rádio Morabeza,5 mar 2024 9:02

O Banco Mundial, na conclusão do relatório ao Diagnóstico do Sector Privado em Cabo Verde aponta que o país tem oportunidades de investimento em áreas como a economia azul, o turismo sustentável e os serviços digitais. No entanto aponta a questão das energias, transporte e conectividade como sendo pontos que afectam o sector Privado.

Essa análise foi feita pelo Economista do Departamento das Finanças, Competitividade e Inovação, da África Ocidental, do Banco Mundial, Rodrigo Andrade, durante a apresentação do estudo, na tarde desta segunda-feira, na Praia.

Segundo Rodrigo Andrade, o relatório “traz recomendações específicas para destravar investimentos privados nos sectores sustentável, ou seja, de como diversificar a oferta turística do país para nichos de um maior valor adicionado, como o turismo náutico, o turismo cultural e criativo e também a oferta para nômades digitais que é um sector que muito cresce desde a pandemia da covid-19. O relatório também traz recomendações para expandir o sector que é tradicional da economia cabo-verdiana que são as pescas, como aumentar a produtividade desse sector, aumentar a sua capacidade de gerar renda e emprego de forma inclusiva e sustentável para as pessoas que dependem disso para o seu modo de vida e também traz oportunidades no sentido da aquacultura que é um segmento ainda nascente na economia mas com grande potencial”.

Os dados recolhidos ainda apontam que há sectores e áreas, como energia e transportes, que afectam directamente o sector privado.

“Elementos e sectores que afectam o sector privado com um todo de forma horizontal, como bem apontado a questão da acessibilidade de energia, questão da conectividade de transporte e a questão do próprio ambiente regulatório e concorrencial que tem sido reformado, enfim ainda tem um caminho a ser percorrido”, afirmou o economista.

Andrade alerta que estas recomendações devem ser "interpretadas de forma também oportunista no sentido de que se essas reformas tiveram continuidade e forem implementadas até ao final de forma aderente às melhores práticas internacionais ela tem um potencial transformador para a realidade e a perspectiva do sector privado no país”.

O ministro das Finanças e Fomento Empresarial, Olavo Correia, considera fundamental continuar a investir no país e desafia a Corporação Financeira Internacional a se adaptar à realidade das economias emergentes.

“É fundamental que continuemos a trabalhar para atrairmos grandes empresas em Cabo Verde, internacionais e nacionais, é a nossa obrigação continuar a fazer isso mais ao mesmo tempo quero também desafiar aqui a IFC é uma questão que se coloca a todo o continente africado, felizmente ou infelizmente somos um país de pequena dimensão e dificilmente podemos alterar esta circunstancia de hoje para amanhã, não será nós a adaptarmos nos ao contexto da IFC tem que ser o contrário, porque se for nós será impossível e é fundamental que invistamos nas médias, pequenas e micro-empresas”.

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Autoria:Anícia Veiga, Rádio Morabeza,5 mar 2024 9:02

Editado porAndre Amaral  em  5 mar 2024 16:32

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