Olavo Correia falava no acto de lançamento da consulta pública para subconcessão dos serviços portuários, considerado um passo significativo no sentido de melhorar a eficiência operacional e a competitividade global dos portos no país.
O governante salientou que todo esse processo de privatizações, concessões e subconcessões de serviços que o Governo está a levar a cabo visa abrir país para o exterior para trazer novos mercados e criar valor.
“Se é para abrirmos para o mercado externo é para o novo mercado criar valor acima daquilo que faz hoje a ENAPOR, caso contrário vamos manter o status quo como está.
Portanto, buscar um parceiro que quer investir para trazer aquilo que nós não temos em Cabo Verde, um parceiro internacional forte de referência, dos melhores a nível mundial, porque estamos a falar de uma área que é crucial para o futuro de Cabo Verde, crucial para o futuro da juventude”, sustentou.
O governo sublinhou que o fim último de toda essa política é de criar empregos qualificados e bem remunerados para que as mulheres e os jovens cabo-verdianos possam ter uma vida digna, vivendo do suor do seu esforço.
A ENAPOR foi apresentada como uma empresa sólida e robusta que todos os anos apresenta dividendos ao Estado e considerada um braço forte do Estado na implementação das políticas para economia azul.
Em 2023, conforme dados apresentados hoje, a empresa apresentou um volume de negócios perto de 2,8 milhões de contos e um resultado positivo em torno de 150 mil contos.
A proposta do Governo é de subconcessionar parte das actividades actualmente realizadas pela ENAPOR, designadamente tudo que tem a ver com os contentores e carga geral, deixando sob a responsabilidade da empresa alguns serviços como a descarga do granel líquido, parte do granel sólido, serviço de roll on roll off e cruzeiros.
A proposta do Governo é para abranger todos os nove portos existentes nas nove ilhas habitadas, por um período de 15 anos, no modelo de Landlord, ou seja, em que o Estado mantém a propriedade das infra-estruturas.
A consulta pública já está aberta e tem a duração de um mês para que os parceiros internacionais, os privados nacionais e internacionais com interesse neste processo, mas também todos os cabo-verdianos residentes e na diáspora possam, através de uma página online, aceder a toda a informação e analisar ponto a ponto sobre aquilo são as linhas estratégicas para a subconcessão dos serviços portuários em Cabo Verde.