Já para este ano, a instituição mantém as previsões de um crescimento económico global de 3,2%, segundo a actualização ao World Economic Outlook divulgada hoje.
Quanto à inflação, a persistência dos preços elevados nos serviços "complica a normalização da política monetária", numa altura em que a Reserva Federal norte-americana ainda não cortou os juros, ao contrário do Banco Central Europeu.
"Os riscos ascendentes para a inflação aumentaram, aumentando assim a perspectiva de taxas de juro mais elevadas durante um período ainda mais longo, no contexto da escalada das tensões comerciais e do aumento da incerteza política", indica o FMI.
"Para gerir estes riscos e preservar o crescimento, a combinação de políticas deve ser sequenciada cuidadosamente para alcançar a estabilidade de preços e repor os amortecedores diminuídos", lê-se no relatório.
O FMI sinaliza que a actividade económica está a evoluir de formas diferentes entre as maiores economias: no primeiro trimestre do ano, registaram-se surpresas negativas nos Estados Unidos e no Japão, mas na Europa e na China já se vislumbraram alguns sinais de recuperação.
A instituição liderada por Kristalina Georgieva prevê que a economia dos EUA vai crescer 2,6% em 2024, uma revisão em baixa face aos números de Abril, enquanto mantém a previsão para a Zona Euro nos 0,9%.