“Eu creio que nós podemos agilizar algumas coisas e que nós também podemos diminuir a burocracia. Obviamente que nós não podemos suprimir toda a burocracia, porque há coisas que têm que ter os seus procedimentos próprios e têm que ter critérios e graus de exigência. Mas sim, nós podemos tornar o sistema um pouco mais ágil, nós podemos tornar o sistema um pouco mais funcional”, defendeu o ministro em declarações à imprensa, à margem de um ciclo de visitas aPró-empresa, Pró-Garante e Pró-Capital.
O ministro reconheceu que há desafios, mas acredita que o Governo e as instituições envolvidas estão empenhados em eliminar procedimentos desnecessários.
“Eu creio que todos estaremos empenhados nisso, em suprimir aquilo que é desnecessário ou, pelo menos, aquilo que não faz muita falta”, acrescentou.
O Governante reconheceu que Cabo Verde possui um ecossistema funcional para o fomento empresarial, mas que há sempre espaço para melhorias.
“Temos um ecossistema que está montado, creio que tem uma grande virtualidade, também está funcional. Isto não significa, e deve ser esta a nossa preocupação, que esteja perfeito. Pelo contrário, todos estamos empenhados em não só tornar mais funcional ainda o sistema, mas dotar de meios que sejam também necessários, aumentar a capacidade de resposta, aumentar a comunicabilidade das diversas entidades que trabalham neste ecossistema”, afirmou.
Eurico Monteiro garantiu que o executivo deseja que a Pró-Empresa seja verdadeiramente uma casa dos empreendedores.
Ou seja, uma casa que seja capaz de apontar o caminho, ajudar, dar assistência técnica necessária para poder montar um projecto, um empreendimento que seja viável, que seja sustentável em todos os pontos de vista.
Monteiro realçou ainda a importância da diplomacia económica para atrair investimento privado estrangeiro, sublinhando que Cabo Verde tem feito um esforço para mobilizar recursos e criar oportunidades.
“O nosso contacto com o empresariado, fóruns empresariais, conversa com os empresários, fazer ponte com os serviços centrais de Cabo Verde que cuidam desta matéria fez parte da nossa actividade e, portanto, ganhamos alguma experiência que eu creio que também pode ajudar a maximizar as possibilidades de sucesso deste ecossistema”, apontou.
Questionado sobre a saída de jovens do país em busca de melhores oportunidades, o ministro considera que esta é uma tendência global e não uma situação alarmante.
No entanto, ressaltou ser necessário criar condições para fixar talentos e oferecer melhores oportunidades no país.
“O nosso dever, enquanto governantes e agentes públicos, mas também empresariais, é criar melhores oportunidades e melhores condições de vida para os cabo-verdianos”, frisou.
O Ministro da Promoção de Investimentos e Fomento Empresarial realiza entre hoje e amanhã, 21, um ciclo de visitas às instituições que compõem o ecossistema da Promoção de Investimentos e Fomento Empresarial, como a Pró-empresa, Pró-Garante, Pró-Capital, Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP), Fundo de Promoção do Emprego e Formação (FPEF), Cabo Verde TradeInvest (CVTi), Centro de Energias Renováveis e Manutenção Indústria (CERMI) e Escola de Hotelaria e Turismo de Cabo Verde (EHTCV).