Fitch mantém 'rating' de Cabo Verde em B e vê dívida descer para 98% do PIB em 2026

PorExpresso das Ilhas, Lusa,13 mai 2025 14:29

A agência de notação financeira Fitch Ratings manteve hoje o ‘rating’ de Cabo Verde em B, com perspectiva de evolução estável, antevendo um crescimento da economia de 5,5% este ano e o próximo e a redução da dívida.

"O ‘rating’ de Cabo Verde reflecte os fortes indicadores de governação face aos pares, uma perspectiva de crescimento económico robusto sustentado no sector crescente do turismo, consolidação orçamental sustentada e níveis adequados de reservas internacionais", lê-se na nota que acompanha a decisão hoje anunciada.

Para os analistas da Fitch Ratings, estes factores positivos são, no entanto, equilibrados com "a elevada, ainda que em queda, dívida pública e endividamento externo, grandes vulnerabilidades financeiras e persistentes vulnerabilidades externas".

A agência de ‘rating’ admite que o aproximar das eleições possa abrandar o ritmo de reformas nas empresas públicas, mas ainda assim antevê um crescimento de 7,3% em 2024, que abrandará para uma média de 5,5% neste e no próximo ano, apoiado maioritariamente no sector do turismo, o principal motor da economia.

A inflação deverá abrandar de 3,7% em 2023 para 1% entre 2024 e 2026, reflectindo a normalização dos preços dos combustíveis importados e a taxa de indexação do escudo ao euro.

Por outro lado, o défice orçamental passou de um excedente de 0,1% em 2023 para um saldo negativo de 0,7% no ano passado, mas deverá melhorar para um excedente de 0,3% este ano, impulsionado pelo aumento da receita e da concessão aeroportuária.

Depois de ter registado um valor de 115% em 2023 e 109% no ano passado, a dívida pública deverá cair para 98% do PIB em 2026.

Embora o nível da divida esteja ainda assim muito acima da média de 49% registada nos países a que a Fitch atribui o rating B, abaixo da escala de recomendação de investimento, o custo é bem menor que nos outros países, já que boa parte da dívida é concessional, notam os analistas.

Sobre as eleições do próximo ano, a Fitch diz que não espera "grandes mudanças em termos de crescimento ou de trajectória orçamental caso haja uma transição política", mas alerta que "há riscos provenientes de uma potencial regressão nas reformas nas empresas públicas, o que poderia configurar consideráveis desafios orçamentais a médio prazo".

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Autoria:Expresso das Ilhas, Lusa,13 mai 2025 14:29

Editado porAndre Amaral  em  14 mai 2025 0:00

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