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Informação avançada à imprensa por Paulo Veiga, presidente da Fundação, à margem da abertura oficial do evento, que decorre sob o tema “Literacia do Oceano e Participação das Comunidades Costeiras”.
“Como nós costumamos dizer, somos um país pequeno e para termos dimensão e para podermos ir buscar os financiamentos que existem para a conservação dos oceanos, para a exploração sustentável do oceano, temos que estar juntos e a Fundação está disposta e vai deixar esse desafio aqui hoje, que é para criar este hub e ajudar a gerir. Não é interferir no projeto individual de cada um, mas se formos como um apresentar à União Europeia as nossas ideias para a conservação, por exemplo, o grande trabalho que a biosfera faz, o trabalho que a Enapor quer fazer, transformar um porto em Porto Azul, ou as necessidades da Frescomar ao mar para se tornar mais sustentável, se formos em conjunto e em rede, eu tenho a certeza que conseguiríamos trazer muito financiamento para Cabo Verde e depois cada um vai gerir o financiamento como quer”, aponta.
Outra iniciativa que Paulo Veiga considera importante está relacionada com o projeto intitulado “Observatório do Oceano”, uma plataforma aberta que disponibiliza dados sobre o oceano, infraestruturas, a comunidade piscatória, entre outros.
“Por isso é que a Fundação andou a fazer parceria com as instituições do mar e quer fazer com a estatística e também fez com instituições em Portugal para poder ter acesso aos dados e partilhar de forma aberta num sítio só o que nós sabemos sobre o mar. É um projeto em constante movimento, que vai acolher cada vez mais informação”, explica.
Ter informações sobre as orlas costeiras e sobre a exploração sustentável é outra questão que a Fundação considera importante. É nesse contexto que anuncia uma parceria com uma empresa de drones equipada com inteligência artificial, capaz, por exemplo, de medir a temperatura da água e fornecer dados às ONG que protegem tartarugas.
No seu discurso de abertura, o ministro do Mar, Jorge Santos, afirmou esperar que as recomendações resultantes do Ocean Summit 2025 contribuam para melhorar as políticas públicas, tanto a nível nacional como internacional.
“Que este encontro dê resultados e que as recomendações saídas sirvam não só para nossas políticas públicas aqui em Cabo Verde, mas também para outros países que estão aqui a participar. Portugal, países europeus, países da nossa sub-região da costa ocidental da África e também do Brasil, entre outras personalidades”, diz.
O Ocean Summit 2025 conta com especialistas nacionais e internacionais, incluindo representantes do Aquário Vasco da Gama, mergulhadores e a atleta cabo-verdiana de apneia Tatiana Mendes, que partilhará a sua experiência de superação do medo do mar.
