"Após as chuvas ocorridas em Santiago Norte, a 13 de novembro, que provocou prejuízos materiais significativos, o conselho de administração decidiu incluir no programa as famílias, empresas e outras entidades dos municípios afetados", informou, em comunicado.
O BCV indicou ainda que eventos atmosféricos como estes são uma "importante fonte de risco" para o balanço das instituições financeiras e para a política monetária, pelo que está a integrá-los nas suas missões, especialmente nos domínios da estabilidade financeira e da política monetária.
O programa prevê uma linha de crédito com taxa de juro de 0,75%, até 10 mil milhões de escudos cabo-verdianos (cerca de 90,7 milhões de euros), com prazo de reembolso de até cinco anos, através da subscrição de instrumentos financeiros pelas instituições aderentes.
Podem aderir bancos do Mercado de Operações de Intervenção (MOI) e instituições de microfinanças, diretamente ou através dos bancos, desde que cumpram os critérios definidos pelo BCV.
Chuva intensa causou prejuízos e matou uma pessoa, no dia 13 de novembro, com precipitação acima da média (227 milímetros) em quatro municípios da ilha de Santiago (Tarrafal, São Miguel, Santa Catarina e Santa Cruz).
O Governo aprovou medidas de proteção e de resposta, incluindo a atribuição de um rendimento solidário de emergência de 30 mil escudos por mês (272 euros), durante três meses, às pessoas afetadas e declarou estado de calamidade para mobilizar fundos e apoiar a população.
O Programa de Assistência de Emergência do BCV foi criado em agosto, após uma tempestade atingir a ilha de São Vicente, provocando nove mortos e destruição generalizada, afetando também Santo Antão e São Nicolau, levando à declaração de calamidade nesses municípios e à mobilização de fundos de emergência.
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