O n.º do 838 do Expresso das ilhas traz como destaque a derrota de Cabo Verde na corrida à presidência da comissão da CEDEAO. Uma aspiração que terminou este sábado, 16, com a atribuição do cargo à Costa do Marfim. O Presidente da República e o Primeiro-ministro falam de “arranjos políticos”. Já a líder do PAICV diz tratar-se de um grande derrota para o país. Leia estas e outras reacções na edição de hoje.
E chegados ao Natal, festa da família é tempo de reflectir precisamente sobre a importância da família: elemento basilar de qualquer ser humano e da sociedade. O cardeal Dom Arlindo fala da família, mas também de questões intemporais como o amor e a necessidade da espiritualidade, numa entrevista que é também uma análise às propostas e visão da Igreja sobre as relações e sobre os problemas da sociedade Cabo-verdiana.
A Boka Bedju é tema da reportagem desta semana. Durante quatro anos, 10,75% dos homicídios com recurso a armas de fogo registados no país foram cometidos com a arma de fogo de fabrico artesanal, bóka bedju. Os dados são da Polícia Nacional e compreendem o período de 2013 a 2016. Uma reportagem sobre esta arma “tão rudimentar, tão mortal”, que vai às origem e ao terreno falar com quem a produz e quem sofreu acidentes pelo seu manuseamento.
Chamada na primeira página também para o Cartão Nacional de Identificação, cuja emissão experimental vai acontecer em Janeiro, no Paul, Santo Antão. “A ideia é que tudo seja ali testado e validado para depois fazer a extensão a nível do país e da diáspora da emissão do cartão”, assegurou a ministra da justiça e do trabalho, Janine Lélis.
A lavagem de capitais é outro tema desta edição. A sub-região da África Ocidental está inundada de ameaças ligadas ao branqueamento de capitais e ao financiamento do terrorismo, questões que exercem grandes pressões sobre as populações. O continente começou a luta com trinta anos de atraso em relação ao resto do mundo, mas os resultados começam a ser satisfatórios, escreve o jornalista Jorge Montezinho, a partir de Dakar, na reunião do GIABA – Grupo Intergovernamental de Acção Contra o Branqueamento de Dinheiro na África Ocidental.
Na cultura, falamos com Djodje que afirma que “ é sim possível viver da música”.Talento precoce da música cabo-verdiana, Fernando Jorge Marta é, aos 28 anos, um dos mais influentes produtores e performers da África lusófona. Os vídeos com mais de 10 milhões de visualizações no Youtube e os shows lotados em importantes salas de espectáculos internacionais assim o atestam. Djodje ainda lembra com saudades o início da carreira aos 12 anos, com o grupo TC, mas sonha e trabalha com olhos postos no futuro a que associa a palavra internacionalização. É nisso que vai investir já em 2018, paralelamente à tour de divulgação do novo disco que espera lançar no primeiro semestre de 2018.
No interior, a opinião de Eurídice Monteiro em “Amazónia” e de Américo Faria Medina, que nos traz a II parte do artigo “Vulnerabilidades do hubbing”.