Edição 861 – 30 de Maio

PorExpresso das Ilhas,30 mai 2018 0:17

Nesta edição, o Expresso das Ilhas dá destaque ao impacto da retirada da TACV dos voos inter-ilhas, um ano depois da decisão ter sido tomada: Empresários estão a ter prejuízos.

Governo mantém que participação no capital social da Binter será apenas temporária e que os 30% a que tem direito serão alienados. No entanto, um ano após o anúncio do interesse em participar, o negócio continua por concretizar. Preços elevados que prejudicam a mobilidade interna, as dificuldades dos produtores em escoarem os seus produtos tanto para o mercado nacional como internacional e o fim das ligações directas da TACV entre São Vicente e o estrangeiro colocam em causa a unificação do mercado cabo-verdiano e a sua ligação com o exterior.

Também neste número, a liberalização de capitais em Cabo Verde: Há oportunidades, mas algum cuidado não faz mal a ninguém. A liberalização da circulação de capitais entrou na ordem do dia em Cabo Verde. Em Novembro, o Ministro das Finanças Olavo Correia, num encontro com empresários portugueses na cidade do Porto, anunciava uma nova Lei Cambial que depois de entrar em vigor iria liberalizar todos os movimentos de capitais de Cabo Verde com o exterior”. Este mês, foi a vez do Primeiro-Ministro Ulisses Correia e Silva, durante a sua intervenção no “Horasis Global Meeting” também em Portugal, anunciar a eliminação “das barreiras administrativas à livre circulação de capitais”. Nos dias de hoje, os investidores financeiros aplicam os recursos em diversos países. Compram acções de empresas ou títulos de governos, entre outros activos, por todo o mundo. Movimentam capitais de um país para outro em quantidades nunca vistas. Analisam rentabilidade e risco das aplicações em diversos mercados simultaneamente, 24 horas por dia, seja em Frankfurt, em Wall Street, ou na City, de Londres. As decisões dos analistas financeiros, que trabalham nesses centros, fazem com que biliões de dólares sejam retirados de um país e colocados noutro num curto espaço de tempo. Para falar da liberalização de capitais, e dos desafios que isso representa para uma pequena economia, esteve em Cabo Verde o professor da Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra António Portugal. Que deu uma entrevista sobre o tema ao Expresso das Ilhas.

François Murangira, OIT: “Cabo Verde saiu-se bem graças ao consenso nacional e boa gestão do país”. O Director do Escritório Sub-regional da Organização Internacional de Trabalho esteve com a sua equipa em missão na Praia, com vista, entre outras coisas, a apoiar o processo de elaboração do Programa País para o Trabalho Digno 2019-2022, que agora é lançado. Em entrevista ao Expresso das ilhas, à margem de um encontro de trabalho com os parceiros, que ocorreu no dia 17, François Murangira fala dos passos já dados e desafios de Cabo Verde em matéria de Trabalho Decente, salientando o Desemprego Jovem que considera ser, tal como no resto da região, o principal desafio do país. Numa conversa que sobre o panorama do país, e incursões pela região, Murangira destaca ainda o Diálogo Social existente em Cabo Verde que, a par com a boa gestão, como uma das grandes vantagens comparativas do país, em relação a países potencialmente mais ricos.

Especialistas do Banco de Portugal não vêem vantagens na euroização da economia cabo-verdiana. Cada vez que se fala do futuro do acordo cambial, a comemorar 20 anos, a euroização é sempre uma das possibilidades em cima da mesa. E não é de hoje, apesar do tema ter surgido novamente nos últimos dias. Apesar da moeda ser, tradicionalmente, considerada como símbolo de soberania de uma nação, com o avanço da globalização das economias tendeu-se para o enfraquecimento das moedas nacionais, senão mesmo o seu desaparecimento em certos casos, e na sequência de crises monetárias e de inflação intensificou-se o interesse à volta da adopção do euro/dólar pelos países em desenvolvimento, como forma de serem ultrapassados problemas de instabilidade monetária e da balança de pagamentos. As duas décadas do acordo cambial estiveram na origem de um congresso internacional, que decorreu no Instituto de Ciências Jurídicas e Sociais, e o Expresso das Ilhas falou com Luís Saramago e Fernando Heitor, do Banco de Portugal, que estiveram na Praia como oradores da conferência.

Transportes marítimos: Nacionais fora do concurso público. A Polaris e a Cabo Verde Fast Ferry (CVFF), únicas empresas nacionais ainda na corrida, foram excluídas do concurso para a Concessão do Serviço Público de Transporte Marítimo de Passageiros e Carga Inter-ilhas. Em causa estará o não cumprimento dos requisitos exigidos quanto à capacidade financeira. Pelo caminho ficou também a holandesa Palm Shipping, que não conseguiu demonstrar nem a capacidade financeira nem a experiência necessárias para a qualificação. A disputa é agora entre três candidatos internacionais, que passam à fase seguinte.

Dia Internacional da Criança: Infância em Cabo Verde entre ganhos e ameaças.Ser criança em Cabo Verde, hoje, implica maior acesso á Saúde e à Educação e um crescente contacto com as novas tecnologias. Mas há ameaças que persistem e outras que agora se revelam.

Na cultura: Quem é Eugénio Tavares?

No interior, a opinião de César Monteiro, Jorge de Barros: o evangelista e a música profana; de António Ludgero Correia, Balanço ou Inquérito?; de Pedro Ribeiro, Comemoração dos 20 anos do Acordo de Cooperação Cambial; e de Manuel Brito-Semedo, Falucho no feminino.

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Autoria:Expresso das Ilhas,30 mai 2018 0:17

Editado porDulcina Mendes  em  30 mai 2018 12:57

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