Para marcar uma posição. Para dar um exemplo. Por desconhecimento das dinâmicas sociais num país que era estranho a quem tinha passado anos fora de Cabo Verde. Todas estas razões estão por trás do 31 de Agosto de 1981, em Santo Antão. A repressão, de há 40 anos, recorda que o regime de partido único (1975 – 1990) foi uma máquina totalitária que controlou, vigiou, prendeu e torturou cidadãos cabo-verdianos.
Mas como tratou a imprensa os acontecimentos, na época? Na verdade, sobre o tema, pouco conteúdo noticioso há. Os textos informativos basicamente não existem, sendo os acontecimentos essencialmente tratados em comunicados do governo e da comissão política do PAICV, ou seja, remetidos para a Propaganda e a Opinião. Mas nas entrelinhas aparece a história, durante tantos anos silenciada, acontecida face a uma ideologia que não aceitava contradição. Nesta edição trazemos recortes dos artigos publicados em 1981 e 1982 sobre o 31 de Agosto.
Destaque nesta edição para as pequenas encomendas, mais propriamente para os famosos Bidões. Não é de hoje que os emigrantes enviam encomendas para os familiares que cá residem. Para alguns, na falta de um emprego e de um rendimento, os bidões e caixotes que chegam do exterior são uma forma de garantir o sustento da família.
Chamada na primeira página para o aumento de casos de covid- 19 em Cabo Verde. De 16 a 29 de Agosto, o número de novos casos aumentou para 300. No mesmo período, a taxa de incidência acumulada elevou-se em quase todos os concelhos e a nível nacional é de 153 por 100 mil habitantes.
Nesta edição fique a conhecer a PrimeBotics, que produz drones à medida das necessidades do mercado cabo-verdiano e a partir de impressão 3D. Em entrevista, o seu fundador, Érico Pinheiro Fortes fala da ideia de desenvolver drones personalizados, destinados a apoiar os trabalhos agrícolas e de reflorestação em Cabo Verde. Através de um financiamento da Fundação Tony Elumelu, a PrimeBotics a ideia é agora uma realidade.
Chamada ainda para o lançamento de “Prometo Nunca Desistir”, o primeiro livro de Ariana Monteiro, que relata a história de vida da autora e o seu renascer após ter vencido o cancro da mama diagnosticado em Setembro de 2014. A obra será apresentada esta quinta-feira, 2, na Biblioteca Nacional, na Praia.
Na opinião, o historiador Lourenço Gomes escreve sobre os 290 anos da Vila da Ribeira Brava, a que foi atribuída “com claros fundamentos, a categoria de vila, a 30 de Agosto de 1731…” No interior a 2.º parte de “Os Desafios da Governação Democrática nas Universidades”, de Odair Barros-Varela e “Orgulho que não cabe no Peito” de João Carlos Silva.