Para marcar uma posição. Para dar um exemplo. Por desconhecimento das dinâmicas sociais num país que era estranho a quem tinha passado anos fora de Cabo Verde. Todas estas razões estão por trás do 31 de Agosto de 1981, em Santo Antão. A repressão, de há 40 anos, recorda que o regime de partido único (1975 – 1990) foi uma máquina totalitária que controlou, vigiou, prendeu e torturou cidadãos cabo-verdianos.

Passaram-se 40 anos sobre a repressão contra os opositores da Reforma Agrária encetada pelo Partido Único, em Santo Antão. O Expresso das ilhas lembra os acontecimentos do 31 de Agosto de 1981, e vai aos arquivos do Voz Di Povo, o jornal do regime, para mostrar como os mesmos foram apresentados pela imprensa de então.

A União Cabo-verdiana Independente e Democrática (UCID) quer que o 31 de Agosto seja uma data não só para relembrar aqueles que foram torturados e presos durante o regime do partido único, mas para recordar que a democracia teve um custo. Posição defendida hoje, 39 anos depois das torturas e detenções daqueles que protestavam contra a reforma agrária em Santo Antão.

A Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) aponta que se os estados do continente africano estiverem livres da desnutrição infantil poderão registar um aumento do PIB de até 16 por cento.

Decisão foi aprovada em conselho de ministros e foi enviada para o parlamento para votação. Torturados de São Vicente e Santo Antão vão receber pensão que pode chegar aos 75 mil escudos.