“Se África estiver livre da desnutrição infantil poderá registar um aumento do PIB de até 16%” – FAO

PorExpresso das Ilhas, Inforpress,28 abr 2020 7:07

A Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) aponta que se os estados do continente africano estiverem livres da desnutrição infantil poderão registar um aumento do PIB de até 16 por cento.

Esta ideia foi defendida num artigo de opinião assinado pelo director-geral da FAO, QU Dongyu, pela comissária da União Africana para a Economia Rural e a Agricultura, Josefa Sacko, pela ministra da Agricultura, Reforma Agrária e Desenvolvimento Rural da África do Sul e pelo presidente do Comité Técnico Especializado para a Agricultura da União Africana, Thokozile Didiza.

No documento, que surge na sequência da reunião realizada durante a semana finda entre a FAO e a União Africana sobre a pandemia da COVID-19 e a segurança alimentar, os autores apontam as refeições escolares como o caminho para as sociedades mais saudáveis e produtivas.

“Uma criança que recebe uma refeição na escola é uma criança que fica na sala de aula e se educa. A pressão económica sobre a família diminui. Com o tempo, o efeito combinado da educação e boa nutrição da primeira infância é sentido em comunidades inteiras, estabelecendo as bases para sociedades mais saudáveis e produtivas”, lê-se no artigo de opinião.

Por outro lado, aponta-se que se a escola estiver fechada, a criança não terá mais acesso à merenda escolar, as famílias estarão em dificuldades e, a longo prazo, a vitalidade económica desaparece.

O documento acrescenta que os países africanos que responderam à crise da COVID-19 fechando as escolas e os negócios correm o risco de hipotecar o seu futuro, na esperança de proteger as suas populações.

“Para evitar danos irreparáveis, o confinamento devido ao novo coronavírus em África deve ser acompanhado de medidas de mitigação rápidas e enérgicas”, aconselham.

Adiantam ainda que os governos deveriam, com o apoio de doadores, agências multilaterais, ONG e atores do sector privado, criar novos programas de protecção social.

Por outro lado, o relatório da Rede Mundial contra Crises Alimentares, da Organização das Nações Unidas (ONU), revelou que, até o final de 2019, mais de 135 milhões de pessoas no mundo enfrentavam uma situação de “insegurança alimentar grave e aguda”.

De acordo com o documento, publicado na passada terça-feira, 21, por várias agências das Nações Unidas, governamentais e não governamentais, que trabalham para combater as principais causas da fome extrema, este é o “nível mais alto de insegurança alimentar aguda e desnutrição” registado desde a primeira edição do relatório em 2017.

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Autoria:Expresso das Ilhas, Inforpress,28 abr 2020 7:07

Editado porSara Almeida  em  5 fev 2021 23:20

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