“Dada a necessidade urgente de os governos se focarem na protecção das vidas face à COVID-19, a data de 1 de Julho para o início do comércio ao abrigo do novo acordo foi adiada para, pelo menos, 1 de Janeiro de 2021”, lê-se no comunicado difundido hoje em Adis Abeba.
Para a organização, “aumentar o comércio intra-africano pode servir como um pacote alternativo de estímulo para a criação de empregos, exportações, desenvolvimento industrial e crescimento económico”,
Segundo o director de integração regional e comércio na UNECA, Stephen Karingi, citado no comunicado, “a COVID-19 provou que os países africanos conseguem adaptar-se e responder à procura”.
Karingi disse ainda que o adiamento das trocas comerciais ao abrigo das novas regras “oferece uma janela de oportunidade para repensar como o acordo pode ser reconfigurado para refletir as novas realidades e os riscos do século XXI, o que é necessário para posicionar a economia africana em face dos futuros choques adversos que emanam do novo vírus e das alterações climáticas, entre outros”.
O acordo pretende liberalizar o comércio no continente e tem como objectivo eliminar as tarifas aduaneiras em 90% dos produtos.
O AfCFTA permitirá criar o maior mercado do mundo com um Produto Interno Bruto (PIB) acumulado a ascender a 2,5 biliões de dólares, de acordo com estimativas anteriores à pandemia de COVID-19.
Dos países lusófonos, só São Tomé e Príncipe e Guiné Equatorial ratificaram o acordo.
O número de mortos da COVID-19 em África subiu esta terça-feira para os 2.336, com mais de 66 mil infectados em 53 países, segundo as estatísticas mais recentes sobre a pandemia naquele continente.
De acordo com o Centro de Controlo e Prevenção de Doenças da União Africana (África CDC), nas últimas 24 horas, o número de mortos subiu de 2.290 para 2.336, enquanto os infectados com COVID-19 passaram de 63.325 para 66.373.
O número total de doentes recuperados no continente aumentou de 21.821 para 23.095.