Na Política falamos do ano das instituições de costas voltadas.
Os conflitos são mundiais, mas provocaram ondas de choque entre o Plateau e a Várzea, com Presidente da República e governo com as miras apontadas um ao outro por causa da visita (ultra)rápida a Cabo Verde do presidente ucraniano e da votação na ONU sobre a guerra entre Israel e o Hamas. Este foi também o ano do ‘caso’ Primeira-Dama, da moção de censura apresentada pelo PAICV e da transformação da dívida a Portugal em financiamento climático.
Fazemos igualmente a análise daquilo que foi o ano económico em Cabo Verde.
Uma das notícias do ano surgiu já no finzinho de 2023; Cabo Verde foi contemplado com mais um compacto da Millennium Challenge Corporation, o terceiro que o país recebe. Mas este foi igualmente o ano em que os pequenos estados insulares deram um murro na mesa para exigir um combate sério às alterações climáticas e em que Cabo Verde começou a atrair mais interesse para os nómadas digitais. Ainda em 2023, Cabo Verde foi uma das economias que mais cresceu na África subsaariana, mas o modelo de desenvolvimento foi considerado exausto pelo Banco Mundial.
Na Sociedade falamos das tragédias e avanços marcaram o ano em Cabo Verde.
Desde um fatal ataque a faca no primeiro dia do ano até à implementação de mudanças significativas como o aumento de licenças de maternidade e paternidade, além de desafios na área da saúde e reivindicações por melhores condições de trabalho em diversos sectores.
Recordamos também os episódios que mais marcaram a actualidade em São Vicente, ilha onde crise política virou modo de vida, de recomeços há muito esperados, de novas experiências, dramas humanos e esperanças renovadas.
Tempo ainda de dar uma volta ao mundo e recordar como foi este ano no que respeita à actualidade internacional.
O ano de 2023 foi marcado por uma série de eventos significativos que moldaram a dinâmica internacional, desde conflitos regionais até mudanças geopolíticas e desastres naturais.
A ler igualmente, nesta edição do Expresso das Ilhas, a entrevista com Lígia Fonseca.
Advogada, antiga Primeira Dama, e autora de diversos artigos de opinião, essencialmente sobre questões sociais, foi a convidada escolhida para um balanço comentado dos principais acontecimentos – os maus, mas também os bons – que marcaram o país e o mundo. Uma entrevista em que partilha a sua visão pessoal sobre 2023, reflecte o presente e antevê o ano que aí vem. E na qual apela também a um maior diálogo político e a um serenar das crispações, para que efectivamente Cabo Verde consiga progredir sob um futuro desafiante, que, aliás, já está à porta.