“Estamos a criar na cidade da Praia, ilha de Santiago, uma Zona Económica Especial Tecnológica, que inclui o Parque Tecnológico, que vai fazer de Cabo Verde um país de referência em termos de criação de condições para a promoção dos talentos”, disse Olavo Correia, durante uma visita às obras do Parque Tecnológico, no bairro de Achada Grande Frente.
O também ministro das Finanças avançou que o Governo está a criar um conjunto de condições no plano fiscal e no plano parafiscal para atrair grandes empresas de base tecnológica para o país.
“O objectivo é produzirmos serviços a partir de Cabo Verde para o mundo”, enfatizou o governante, referindo ainda que o executivo quer criar novas oportunidades para os talentos que actuam no sector das tecnologias de informação e das telecomunicações.
“Vamos dotar este Centro Tecnológico de todas as condições necessárias para que os nossos jovens, no país e na diáspora, possam testar as ideias, criar, inovar, prestar e produzir serviços que poderão ser exportados à escala regional e à escala mundial”, continuou Olavo Correia.
Segundo o número dois do Governo, a Zona Económica Especial vai compreender um conjunto de condições que têm a ver com o ecossistema, envolvendo o Parque Tecnológico, as universidades, o Governo e as Câmaras Municipais.
“Fazendo de Cabo Verde e da cidade da Praia um Hub Tecnológico, envolvendo ainda a extensão deste projecto no Mindelo, São Vicente”, sustentou o ministro.
Aquando do lançamento da primeira pedra para a construção, há precisamente três anos, o primeiro-ministro, Ulisses Correia e Silva, disse que o parque tecnológico vai ser uma plataforma de prestação de serviços em África.
“A ambição é colocar o Parque e o Data Center como referências regionais de serviços tecnológicos em África”, perspectivou o chefe do Governo, acreditando que também que vai alavancar o empreendedorismo no sector em Cabo Verde.
O Parque Tecnológico de Cabo Verde vai ocupar uma área de nove hectares de terreno nas imediações do Data Center.
Projectada pelo arquitecto Fernando Maurício dos Santos, a infraestrutura terá cinco edifícios: centro de empresas, centro de formação e treinamento, centro cívico, centro de incubação e outro Data Center, como extensão do actual.
O projecto é financiado pelo Banco Africano de Desenvolvimento (BAD) e pelo Governo de Cabo Verde em cerca de 32 milhões de euros.