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Erika Tomar disse à Inforpress que é médica, mas tem uma “paixão muito grande” por tecnologia, por isso é co-fundadora da startup YA, que pretende ser maior plataforma de anúncios e o maior representante da economia circular em Cabo Verde e posteriormente a nível da África, visando solucionar problemas comuns entre os cabo-verdianos.
Conforme ela, a falta de uma plataforma que dê espaço a diferentes pessoas e pequenos comércios para venderem seus produtos novos e usados e prestarem serviços em um único lugar com profissionalismo e confiança e a dificuldade em encontrar portadores para envio de encomendas de pequeno porte de forma rápida, credível e segura estão entre os motivos da criação da startup.
“Na Web Summit fizemos contacto e parceria para poder alavancar o nosso produto em Cabo Verde, assim como um espaço de networking e muito aprendizado, porque viemos abertos para podermos absorver o máximo possível”, disse, indicando que estão na fase de teste do aplicativo que querem finalizar e implementar até Janeiro.
Na mesma linha, o representante da startup Health360, Kevin Delgado, explicou à Inforpress que é uma plataforma digital avançada destinada a “revolucionar” a gestão da saúde, através do sistema EHR para rastrear de forma electrónica toda a jornada do paciente, permitindo aos profissionais trabalharem em coordenação sem a necessidade de papéis ou arquivos físicos.
Conforme o técnico do Health360, paralelamente, o EMR facilita o trabalho dos profissionais de saúde, melhorando a experiência de atendimento ao paciente, mudando essa realidade actual em Cabo Verde, em que muitos dos dados colectados são visualizados em hospitais e outras instalações médicas.
“Na Web Summit viemos procurar parceiros, fizemos encontros com empresas, como por exemplo de Angola, onde o nosso objectivo é garantir que vamos avançar primeiro para os PALOP [Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa] e depois para África no geral, porque é um dos défices no continente”, frisou, indicando que o evento deu-lhes uma “grande visibilidade”, permitindo conectar-se com várias pessoas de várias áreas
Por sua vez, a fundadora da startup Come In Cabo Verde, Cátia Lush Sequeira, explicou que o seu projecto posiciona-se como a “vanguarda do turismo cultural”, visando integrar as indústrias criativas e o património cultural cabo-verdiano, realçando que o planeamento ineficiente de eventos culturais tem impacto no seu sucesso, tanto em termos de público, comunicação e retorno do investimento.
Por isso, o projecto, com aplicação e website, centrado na identificação de produtos emblemáticos que reflectem a diversidade do país, assenta numa estratégia de comunicação e marketing direccionada ao consumidor final, com o objectivo de definir, planear e desenvolver experiências turístico-culturais, promovendo assim a imagem e a marca de Cabo Verde, potenciando-a através da ligação às economias criativas.
“É a nossa primeira vez na Web Summit, era uma meta que tínhamos definido e conseguir isso foi uma grande realização para expandir os nossos horizontes, obtendo mais informações sobre as inovações tecnológicas que já existem e beber do melhor que se faz em todo o mundo e desenvolver o nosso negócio em várias etapas e oferecer o melhor aos cabo-verdianos”, sustentou.
Para além da Health 360, YA e Come In CV, as startups Hidro Energy, The Best of CV, Ocean Vision, LESS, Nha Kretxeu, NosERP, YA, OutSorcing e Come In CV, também participaram na Web Summit 2023, como as dez startup cabo-verdianas seleccionadas num concurso público da Cabo Verde Digital.
Cabo Verde participou na Web Summit que decorreu na capital portuguesa de 13 a 16 de Novembro, com uma delegação de mais de 50 pessoas, incluindo as dez startups de base tecnológica, chefiada pelo secretário de Estado da Economia Digital, Pedro Lopes.
A Web Summit 2023, com o tema “Inteligência Artifical-IA”, considerada uma das maiores feiras de inovação, tecnologia e empreendedorismo, teve a participação de 2.600 startups, cerca de 70 mil participantes de quase 160 países.
