O volume de vendas alcançado pela Emprofac em 2022 somou um total de 2.118.664.052 escudos, representando um aumento notável de 11.740.817 escudos em relação ao ano anterior.
De acordo com o comunicado da empresa, esse crescimento, reflectido no aumento das vendas de produtos importados e nacionais, solidificou ainda mais a posição da empresa como uma figura central no mercado farmacêutico cabo-verdiano. Os números divulgados também evidenciam um resultado líquido positivo de 140.712.324 Escudos.
O peso das vendas de produtos importados manteve-se em 2022 em 79%, num total de 1.679.949.793 ECV e o peso das vendas de produtos nacionais em 21%, num total de 438.714.259 ECV.
A mesma fonte refere ainda que as vendas às Farmácias Privadas representaram 70% das vendas totais da Emprofac em 2022, o Sector Público da Saúde (GAF e Hospitais) representou 25% das vendas, e restantes 5% divididos por Clínicas, Laboratórios, Empresas Públicas e Privadas. O Conselho de Administração da Emprofac atribuiu esse sucesso aos esforços em melhorar a margem bruta, reduzir as perdas decorrentes da expiração de medicamentos e optimizar os inventários.
“É de anotar que as compras globais de mercadorias pela Emprofac registaram em 2022 um aumento de 30% em relação ao ano anterior e os produtos importados representaram 78% das compras totais de mercadorias em 2022, e as compras nacionais 22%”, lê-se.
De referir que em Março, o ministro das Finanças, Olavo Correia, tinha anunciado, em parlamento, que os dados provisórios apontavam resultados da Emprofac, superiores a 100 mil contos positivos, após questionado pelo deputado António Fernandes sobre o processo de privatização da mesma.
Na altura, o ministro disse que o processo de privatização da empresa iniciou em 2019 e o governo já tinha todos os estudos feitos e preparados. Aliás, referiu que o tema chegou a ser levado ao Conselho de Ministros.
“Nós decidimos que tendo em conta o contexto que estávamos a viver na altura da pandemia, em 2020, e os impactos que a pandemia representava para o contexto da Saúde mas também para a indústria farmacêutica e da distribuição, não faria sentido introduzirmos elementos que podiam ser perturbadores ou que podiam trazer mais incertezas em relação ao processo”, explanou.
Por esta razão, o processo foi adiado e o governo decidiu reanalisar o quadro legal, reanalisar os estudos feitos em relação a esta matéria. Agora, o processo se encontra em fase de consulta pública em que todos os operadores relevantes no mercado estão a ser ouvidos, bem como as instâncias relevantes.