A decorrer em Maputo de 26 de Agosto a 7 de Setembro a iniciativa destina-se a artistas visuais emergentes, dos PALOP, que “desenvolvam a sua prática artística em campos vários de execução multimédia e que apresentem um ante-projecto para a re-utilização de recursos de arquivos audiovisuais públicos e/ou privados”.
Para além de fomentar a criação de uma rede de artistas emergentes dos PALOP e estimular o reconhecimento e a visibilidade internacional do trabalho autoral dos participantes, os objectivos da residência passam por promover a formação avançada ao nível da concepção, desenvolvimento e edição de projectos multimédia, proporcionar o contacto dos participantes com curadores e educadores internacionais de destaque no âmbito da arte contemporânea africana e lusófona e promover o emprego e a profissionalização do trabalho artístico.
Pretende-se ainda que o programa promova o conhecimento, o acesso e a reutilização dos arquivos audiovisuais dos PALOP, ao mesmo tempo que chama a atenção para a necessidade premente destes serem preservados e conservados.
“Durante um período de 2 meses, num regime de desenvolvimento à distância, seguido de 10 dias intensivos de finalização e montagem, os participantes serão orientados para a concepção e criação de obras multimédia que “reciclem” imagens do arquivo audiovisual destes países e proporcionem novas interpretações da História e da Memória, a elas associadas, criando novas narrativas”, diz nota da organização.
A AAMCM é uma organização sem fins lucrativos fundada em 2016, que se dedica à pesquisa e comunicação sobre a(s) História(s) do Cinema em Moçambique. Anualmente, a AAMCM realiza um Seminário Internacional e uma Exposição Anual Temporária, cujos temas vão compondo a base de dados de um futuro Museu Digital online. Este trabalho, com um objectivo essencialmente educativo, é realizado através de actividades que incluem estudantes e docentes de diferentes graus de ensino e aventura-se agora numa iniciativa de fomento à criação, através da reutilização do património dos arquivos audiovisuais dos PALOP.
Nesta primeira edição deste programa de mobilidade e intercâmbio entre artistas emergentes, serão seleccionados 4 artistas moçambicanos e 3 dos restantes PALOP.
O resultado final da residência artística será exibido ao público numa mostra que se inaugura a 7 de Setembro na Fortaleza de Maputo.
Mais informações através da página online do UpCycle Residência Criativa .
Formulário de inscrição disponível aqui.