A entrada do 'burnout' (ou stress profissional) na nova classificação internacional de doenças da OMS, a vigorar a partir de 1 de Janeiro de 2022, foi noticiada na segunda-feira, 27.
Segundo a Lusa, a nova classificação estaria baseada nas conclusões de peritos de saúde de todo o mundo tendo sido adoptada pela Assembleia-Geral da organização, que terminava na terça-feira em Genebra, na Suíça.
"Na classificação internacional de doenças da OMS, que serve de base para as estatísticas de saúde, o 'burnout' surge na secção consagrada aos "problemas associados" ao emprego e desemprego, sendo descrito como "uma síndrome resultante de 'stress' crónico no trabalho que não foi gerido com êxito. A doença, de acordo com a OMS, caracteriza-se por "um sentimento de exaustão, cinismo ou sentimentos negativistas ligados ao trabalho e eficácia profissional reduzida", escreve a agência noticiosa.
Entretanto, outras notícias dão conta de que nesta terça-feira (28) um porta-voz se pronunciou para fazer uma correcção e explicou que o 'burnout' já estava na classificação precedente, no capítulo "Factores que influenciam a saúde".
"A inclusão neste capítulo significa precisamente que o 'burnout' não é conceitualizado como uma condição médica, mas como um fenômeno ligado ao trabalho", cita o jornal G1 a nota enviada à imprensa pelo referido porta-voz.
A definição do 'burnout' foi agora modificada dado à actualização de pesquisas. O problema passa a ser descrito como "uma síndrome resultante de um stresse crónico no trabalho que não foi administrado com êxito" e que se caracteriza por três elementos: "sensação de esgotamento, cinismo ou sentimentos negativos relacionados ao seu trabalho e eficácia profissional reduzida".
O registro da OMS explica que o esgotamento "se refere especificamente a fenômenos relativos ao contexto profissional e não deve ser utilizado para descrever experiências em outros âmbitos da vida".