O Criolish trata-se de uma página web e que se estende ao Facebook há pelo menos 2 meses, mas com pouco mais de 500 gostos. Ao Expresso das Ilhas, Edmar Gonçalves, um dos administradores da página, disse que a ideia é ter um espaço onde as pessoas de todas as ilhas possam não só partilhar expressões mas também conhece-las de forma mais acessível.
“Usuários de qualquer idade que falam crioulo e que estejam interessados em aprender e em partilhar expressões que sabem, de modo a que possamos aprender mais variantes de outras ilhas”, declarou.
Para contribuir basta registar-se em criolish.com.
Conforme Edmar Gonçalves, a ideia da página surgiu após uma interacção com o dicionário publicado por Mili Mila, em 2015, onde é feita a tradução do crioulo da ilha do Fogo para inglês.
“É parecido com o Google, mas especifico para procurar expressões crioulas”, complementa.
Para abranger as várias variantes do crioulo, Edmar Gonçalves diz que o Criolish conta com uma equipa formada por duas pessoas da ilha do Sal e uma da ilha Brava.
O foco da página é acumular todas as contribuições e lançar características que possam ser usadas noutros contextos.
“Por exemplo, pode servir como base de dados para os linguistas que querem estudar o crioulo e analisar a forma como evoluiu ao longo do tempo. Num contexto mais tecnológico, podemos usar essas contribuições para treinar modelos de inteligência artificial, para permitir aos computadores perceber o crioulo assim como percebem o inglês”, finaliza.