É importante não esquecer o motivo da existência deste dia no calendário internacional. Foi em 1857, em Nova Iorque, que um grupo de mulheres se revoltou contra a desigualdade de direitos laborais, conta o El Confidencial. Ainda que não haja registos nos media desta altura, foi a data apontada (e internacionalizada) pela ONU para assinalar o feito.
Para agora, “acabar com a desigualdade é um dos objectivos do desenvolvimento sustentável que a Organização das Nações Unidas estabeleceu em 2015, para se atingir até 2030, apontando a sua importância não só por ser um direito humano básico, como um factor essencial para o desenvolvimento sustentável da sociedade”.
A pandemia da COVID-19 trouxe novos desafios para as mulheres no mundo inteiro. Em Cabo Verde não foi diferente, conforme mostra o “Estudo sobre o impacto da COVID-19 nas Desigualdades de Género”, encomendado pelo ICIEG, com financiamento do PNUD/UNFPA e realizado pela Afrosondagem.
O estudo mostra que no país, as mulheres, em geral, principalmente as que estão em regime de teletrabalho acabam por ter “duplas jornadas (uma remunerada e outra não) as quais agora, aliás, se solapam” e “este esforço - que é uma contribuição vital para a economia produtiva – não pode ser invisibilizado, devendo ser reconhecido”.
Outro dado apresentado pelo mesmo estudo é que “a permanência prolongada no espaço doméstico se revela um factor determinante neste sentido, ficando novamente em evidência a necessidade de criar medidas de conciliação para homens e mulheres neste contexto”.