Conforme um estudo publicado na revista científica The Lancet, os novos dados provenientes do ensaio clínico CombivacS acerca da possibilidade de administrar uma dose do imunizante da AstraZeneca e uma segunda da Pfizer , revelam que a toma de ambas incita uma resposta mais potente e eficaz do sistema imunitário, resultante da produção mais elevada de anticorpos.
De acordo com um comunicado de imprensa divulgado pelo Instituto de Saúde Carlos III, do Ministério da Ciência e da Inovação, em Espanha, o organismo reage a ambas as vacinas com duas formas de defesa.
Primeiro gera a chamada imunidade humoral, que consiste na geração de anticorpos por células imunes denominadas linfócitos B, que bloqueiam o vírus antes da infecção se manifestar.
Depois, produz imunidade celular, que ocorre graças à activação de linfócitos T, outro tipo de células imunes capazes de destruir as células já infectadas.
Mais concretamente, os dados do CombivaC apontam que a vacinação com uma dose da AstraZeneca e uma segunda da Pfizer aumenta em até quatro vezes a produção da proteína interferão-gama que ajuda a dar resposta imune celular.
A produção de anticorpos é o principal objectivo das vacinas, porém conferir imunidade celular é extremamente importante de modo a reforçar a resposta imunitária e melhorar a protecção do corpo frente ao novo coronavírus SARS-CoV-2, sublinha o Instituto.