"Hoje, ninguém pode invadir nem um centímetro da nossa terra", disse o ministro num longo discurso repleto de referências à breve guerra, em 1962, pelo controlo da região entre as duas potências asiáticas.
A viagem de Shah à área disputada, para apresentar diversos investimentos, elevou as tensões fronteiriças entre os dois países apenas uma semana depois de a China renomear unilateralmente 11 localidades da região conhecida por Pequim como "Zangnan", que significa "Sul do Tibete".
Nesse sentido, o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros da China, Wang Wenbin, declarou hoje em conferência de imprensa a "firme oposição" da China à visita do Shah e sustentou que este tipo de movimento "não favorece a paz e a tranquilidade nas zonas fronteiriças".
A soberania de Arunachal Pradesh foi reivindicada pela Índia e pela China desde praticamente a criação do Estado indiano em 1947.
Ambos os países mantêm uma disputa histórica por outras regiões dos Himalaias, como Aksai Chin, administrada por Pequim e reivindicada pela Índia.
Em junho de 2020, as relações bilaterais foram severamente prejudicadas após um confronto na fronteira do vale de Galwan, no oeste dos Himalaias, o pior em 45 anos entre as potências nucleares, que provocou a morte a pelo menos 20 soldados indianos e feriu outros 76, enquanto Pequim reconheceu quatro mortos e um ferido grave.