No mesmo grupo de construtores é natural, e lógico, que se utilizem propulsores iguais, bem como plataformas, caixas de velocidades e suspensões. A liderar esta norma está o Grupo Volkswagen, que para além dos modelos da própria marca, monta motores iguais, de diferentes cilindradas, nas marcas Audi, Skoda e Seat.
Outro exemplo bastante forte é o Grupo PSA que faz o mesmo com a Citroen, DS, Peugeot e agora também com a Opel, que passou a integrar o grupo. Não menos importante, o Grupo Renault, faz o mesmo com as marcas Nissan, Dacia, e no futuro com a Mitsubishi, que passou a fazer parte do mesmo grupo.
Entre o império coreano, as marcas Hyundai e Kia também utilizam motores e componentes iguais para as duas marcas. O mesmo acontece no Japão com a Toyota e a Lexus, agora muito determinadas na aposta ecológica dos modelos híbridos, que para além dos mesmos motores de combustão, também utilizam motores elétricos iguais. Também acontece o mesmo com a BMW e a Mini e com a Jaguar e a Land Rover.
Se nestes exemplos é a lei dos grandes grupos de fabricantes que determina tais decisões, existe também uma parceria de interesses entre a Mercedes- Benz e a Renault. O gigante alemão necessitou de motores diesel de baixa cilindrada para alguns dos seus modelos e optou por uma parceria com os franceses da Renault, que passaram a fornecer motores diesel de 1,5 e 1,6 litros de cilindrada à Mercedes-Benz, que os montou em alguns dos seus modelos, com especial destaque para a “democratização” do Classe A, que a partir daí viu disparar a nível mundial as suas vendas.
Mas a parceria Mercedes-Benz/Renault foi um pouco mais longe, com o novo Smart a receber também motores a gasolina da Renault, com o Twingo e o Smart Forfour a passarem a “primos” muito chegados. No entanto, hoje as regras vão ser alteradas, com a Mercedes-Benz a contar já com motores diesel próprios de menor cilindrada. Mas porque a parceria até foi enriquecedora, será no futuro a Mercedes-Benz a fornecer os seus novos motores a gasolina ao Grupo Renault.