Bem, foi exactamente por falta deste essencial componente que levou a Mercedes-Benz a cortar para metade a produção dos seus carros eléctricos.
A energia eléctrica é uma das soluções em que mais se tem investido, nomeadamente no mundo automóvel. No entanto, há um importante requisito a ter em conta: o equilíbrio entre a energia necessário e a energia disponível. Além disto, há a falta dos componentes que são necessários para a produzir as baterias que vão armazenar e fornecer a tal energia.
A Mercedes-Benz, assim como a sua principal fabricante, Daimler, foi obrigada a cortar para metade a produção dos seus carros eléctricos, por não haver baterias suficientes. O anúncio foi feito esta quinta-feira através do Manager Magazin.
A marca alemã tinha como objetivo a produção de 60 000 dos seus primeiros modelos eléctricos Mercedes-Benz EQC. No entanto, apenas vão conseguir fabricar 30 000, exactamente por falta de baterias.
Para além disso, a Daimler estimava vender 25 000 exemplares do veículo eléctrico em 2019, mas o relatório da empresa apontou somente para 7 000 vendas.
A culpa é da Tesla…
Em entrevista à Manager Magazin, Michael Brecht, Chefe do Conselho da Daimler, afirmou que um dos motivos que também provocou a falta de baterias, foi o facto de a Tesla ter comprado a Grohmann Engineering.
A Grohmann Engineering é uma empresa especialista na automação de baterias, que havia sido contratada pela Mercedes-Benz com o objectivo de aumentar a sua capacidade de fabrico de baterias.
Mercedes-Benz não é a única a queixar-se da falta de baterias
Muitas outras fabricantes de carros, sobretudo na Europa, estão a apostar nos carros eléctricos nomeadamente com o objectivo de reduzir as emissões de Co2. Mas também porque, na Europa, estão previstas multas pesadas para as marcas que não se empenhem nessa redução.
Por outro lado, tem sido cada vez mais difícil fornecer a quantidade de baterias necessárias ao número de carros eléctricos em produção o que, por conseguinte, se traduz em restrições no fornecimento e, consequentemente, na limitação de produção dos carros.