Com as fábricas do sector a retomarem a sua actividade, ainda que de forma faseada, o certo é que a COVID-19 travou a fundo a produção na indústria automóvel europeia. Segundo dados revelados pela Associação de Construtores Europeus de Automóveis (ACEA), fabricaram-se menos 1,9 milhões de veículos, com a entrada em vigor de medidas apertadas para controlar a pandemia provocada pelo novo coronavírus.
Recorde-se que em Março de 2020, o mercado automóvel europeu caiu 55,1%, comparativamente ao mesmo período do ano anterior. Foram vendidos na União Europeia um total de 567.308 unidades, contra 1.264.569 veículos comercializados em Março de 2019. A liderar o ranking dos países mais afectados está Itália, com uma redução de 85,4%, França, a cair 72,2% e Espanha, com derrapagem de 69,3%.
Por marcas, o Grupo FCA foi aquele que mais sofreu por ter a Itália como um dos seus principais mercados europeus, registando, por isso, a maior queda, ou seja, -74,4%. Seguiu-se o Grupo PSA e o Grupo Renault que ao terem em França o seu principal mercado registaram quedas de, respectivamente, 66,9% e 63,7%. A Mazda (-62,6%), Ford (-60,9%), Honda (-60,6%) e Nissan (-51,5%) também viram os seus resultados caírem para mais de metade. O Grupo Volkswagen, líder europeu, viu as suas vendas caírem 43,6% em Março. Os restantes construtores e grupos também tiveram quedas acentuadas: Mitsubishi (-48,8%), Jaguar Land Rover (-44,1%), Grupo Hyundai (-41,8%), Daimler (-40,6%), Grupo BMW (-39,7%), Grupo Toyota (-36,2%) e Volvo (-35,4%).