A Autoridade para a População e Imigração (PIA, na sigla inglesa) israelita, dependente do Governo, já apelara esta semana aos migrantes oriundos do Sudão e da Eritreia para regressarem aos países de origem ou para um terceiro Estado, dando como exemplo o Ruanda ou o Uganda.
Os que abandonarem o país dentro do prazo serão recompensados com 3.500 dólares (2.912 euros), bem como com o bilhete de avião e outros incentivos.
A Linha de Apoio aos Trabalhadores Migrantes, um grupo de advocacia israelita, condenou na terça-feira a decisão, alegando que as ordens de expulsão "põem em risco a vida dos refugiados".
Milhares de africanos entraram em Israel antes de as autoridades israelitas terem erguido uma rede de protecção ao longo da fronteira com o Egipto.
Muitos deles garantiram que estavam a fugir de conflitos e de perseguições políticas, procurando em Israel o estatuto de refugiado.
No entanto, Israel considera-os infiltrados e defende que muitos deles abandonaram os países de origem por questões financeiras.
Para as autoridades israelitas, a grande quantidade de migrantes africanos "pode prejudicar e ameaçar o carácter judaico".