UE junta três líderes do Sudão do Sul a lista de sancionados por violações

PorLusa,3 fev 2018 10:22

A União Europeia acrescentou três dirigentes do Sudão do Sul à sua lista de sancionados por violação dos direitos humanos no país, um dos quais o ministro da Informação Michael Makuei Leuth. Os outros dois são o ex-chefe de Estado-maior do Exército do Sul-sudanês, Paul Malong Awan, e o tenente general Malek Reuben Riak.

O conselho dos países da União aprovou na sexta-feira a decisão, mas apenas hoje divulgou identidade dos novos sancionados, com a sua publicação no Diário Oficial da UE.

A decisão baseia-se nas "violações muito graves de direitos humanos" e "o deteriorar da situação humanitária".

A lista da UE também inclui outros membros do Governo que já figuram na lista das sanções da ONU.

De acordo com os '28', Malong liderou as tropas que cometeram graves violações dos direitos humanos, incluindo a perseguição e o assassinato de civis e a extensa destruição de aldeias, e "continua a ser uma figura muito influente" no país, apesar de ter sido deposto das suas funções.

Makuei Leuth "obstruiu o processo político no Sudão do Sul", obstruiu as operações da Força de Protecção Regional da ONU e "é responsável por graves violações dos direitos humanos, em particular das restrições à liberdade de expressão".

O ministro da Informação Malek Reuben Riak, vice-chefe do Estado-Maior da Defesa e inspector-geral do Exército do Governo desde maio de 2017, é, de acordo com a ONU, responsável por planear e supervisionar a execução da ofensiva realizada pelo Governo no Estado da Unidade, em Abril de 2015.

Naquela ocasião, foram cometidas violações graves de direitos humanos, como a destruição sistemática de aldeias e infraestruturas, o deslocamento forçado da população local, o assassinato indiscriminado e a tortura de civis, o uso generalizado da violência sexual e o sequestro e recrutamento de crianças como soldados.

As sanções impostas pelos vinte e oito serão traduzidas, na prática, no congelamento de bens e na proibição de entrar no território da Comunidade.

No domingo passado, o presidente da Comissão da União Africana também anunciou que consideraria a imposição de novas sanções, uma decisão a que o secretário-geral da ONU, António Guterres, mostrou apoio.

O conflito no Sudão do Sul estourou em Dezembro de 2013 entre as forças leais ao presidente, Salva Kiir, do grupo étnico Dinka, e as forças leais ao então vice-presidente Riek Machar, da tribo Nuer, que foi acusado de orquestrar um golpe de Estado contra o presidente.

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Autoria:Lusa,3 fev 2018 10:22

Editado porAndre Amaral  em  2 jan 2019 3:22

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